O livro é um compilado de textos sobre a história colonial e imperial do Brasil.
O presente artigo tem o intuito de captar a São Paulo que Oswald de Andrade sentiu e preservou em seu primeiro romance, “Os condenados” (1922). Por São Paulo, compreendemos, além do espaço físico, as sociabilidades que se desenvolveram no cenário urbano, assim como as alterações no mapa subjetivo de seus habitantes, frente às inúmeras mudanças que se colidiam. Diante de uma paisagem tecnológica irreversível e irresistível, interessa-nos, na escritura oswaldiana, a relação dialética com a urbe que seduz e ameaça. Lembramos, ainda, que “Os condenados” fez parte da Semana de Arte Moderna—ou seja, está localizado num instante de transição, entre um tempo que morre e sobrevive transmutado, e um tempo que surge para se desfazer e refazer constantemente, sempre carregado de elementos que o antecederam. A forma fragmentada da obra visa romper com a continuidade; pretende caminhar aos solavancos, aos choques recorrentes das multidões. Busca ser cidade e representar a experiência da modernidade—entendida como a fusão conflituosa entre modernização e modernismo. Por fim, ao nos referirmos à modernidade, fazemo-nos ao seu plural. Em “Os condenados”, temos as camadas desses tempos diversos em negociação, negação e imposição.
Interessante acompanhar, pelas páginas do Correio Paulistano, a expectativa crescente que se construiu em torno da Semana de Arte Moderna. Desde o primeiro “reclame”, o jornal se colocou diante de algo inédito. De certa forma, alimentou o marco e procurou, por suas páginas, reforçar a ideia da inevitabilidade de um tempo e de um local: a Semana só poderia se realizar em São Paulo e tudo que quanto se pensasse e elaborasse, a partir de então, seria com as bases inaugurais do “1922 Paulista”. Menotti del Picchia, em sua “Chronica Social”, arma que “será uma semana historica na vida literaria do paiz”. Aquelas três noites de fevereiro, no “theatro maximo da cidade”, representarão o ponto de inflexão: ao desenvolvimento fabril, ao progresso técnico, a terra bandeirante tomará a dianteira, igualmente, no campo das artes. E fará mais: colocará o Brasil em compasso global.
Pretendemos, com o presente artigo, identificar algumas polifonias e polissemias do modernismo, principalmente no que se refere ao papel do intelectual, e as abordagens acerca das questões sobre nação e nacionalismo. Pelo caminho percorrido, buscamos localizar os contornos mais nítidos nos debates iniciados a partir da década de 1870, compreendendo, assim, a pluralidade de representações no tempo e no espaço, com rupturas e continuidades; aproximações e distanciamentos.
O segundo número da Revista Galo reafirma o propósito de ser um veículo de divulgação, troca e construção conjunta de conhecimento. Nesta edição, optamos pela temática livre, com a intenção de reforçar o diálogo entre os diferentes campos das Ciências Humanas e Sociais, assim, por meio dessas necessárias aproximações, ratificamos o compromisso das Humanidades com os desafios colocados pelo tempo histórico.
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