ResumoO fenômeno conhecido como school shooting vem chamando a atenção do mundo, principalmente após a tragédia na Columbine High School, na cidade de Littleton, Colorado, nos Estados Unidos, em 1999. Posteriormente, em abril de 2007, o estudante Cho Seung-Hui protagonizou um massacre de proporções ainda maiores ao atirar contra estudantes do Virginia Polytechnic Institute and State University, matando 32 pessoas e se suicidando ao final. O presente artigo reflete sobre o fenômeno chamando a atenção para a sua expansão pelo mundo e traz uma reflexão, baseada em dados empíricos, sobre o desenvolvimento dos protagonistas dos massacres em seus contextos sociais, incluindo o ambiente familiar, a mídia e interações entre colegas nas escolas e universidades. Palavras-chave: Ambientes sociais; Violência escolar; Bullying; Desenvolvimento psicossocial; Tiroteios nas escolas. AbstractSchool shooting phenomenon has attracted attention throughout the world, especially after the Columbine massacre in April, 1999. In that event, 12 people died and about 30 were hurt. Some years later, in April 2007, Cho Seung-Hui carried out an even more impressive deed, shooting and killing 32 people at Virginia Polytechnic Institute and State University, USA. This article presents school shooting as a growing phenomenon that may happen anywhere and not just in the United States. A reflection based on empirical research is presented focusing the development of school shooters in their social contexts, including home environment, media influence, and inter-students interactions in High Schools and universities. Keywords: Social environments; School violence; Bullying; Psychosocial development; School shooting.O filme "Tiros em Columbine", do documentarista norte-americano Michael Moore (2002) chama a atenção para um drama que vem deixando o mundo em estado de alerta. Trata-se do fenômeno conhecido, em termos gerais, como School Shooting (em uma tradução aproximada: tiroteios na escola). Os school shooters (os atiradores) algumas vezes deixam claro que seu alvo é a escola (instituição) e o que ela representa, bem como a própria sociedade da qual se consideram vítimas (Muschert, 2007).Os autores Harding, Fox e Mehta (2002) se referem aos tiroteios nas escolas como rampage school shootings, diferenciando essa categoria de outras nas quais os atiradores não são estudantes ou não fazem parte da escola, e de eventos semelhantes em outros ambientes. Um exemplo do fenômeno em outros ambientes é o massacre ocorrido em um cinema de São Paulo em 1999, no qual o estudante de medicina Mateus da Costa Meira atirou contra a platéia, matando três pessoas e ferindo outras quatro (Lima & Zakabi, 1999). O termo rampage se refere a situações turbulentas envolvendo grupos de pessoas (ou multidões), e a expressão school shooting identifica que se trata de um tiroteio em um ambiente específico (a escola). O interesse por esse fenômeno cresceu muito nos últimos anos, principalmente após um evento específico.Em abril de 1999, Erick Harris e Dylan Klebold entraram na...
ResumoInvestigamos a relação entre fatores de aprendizagem social, acessados via questionários, e os comportamentos agressivos e lúdicos de meninos pré-escolares, através de observação direta durante o recreio. Os participantes foram 15 meninos com idades entre quatro e seis anos, da cidade de Goiânia, GO, Brasil. Uma análise multivariada de variância indicou efeitos significativos de modelos de agressividade em casa nas taxas de agressão durante o brincar. Crianças expostas a punições físicas abusivas, brigas entre adultos e programas violentos de TV apresentaram mais agressões reais. Meninos que relataram brincar com armas de brinquedo em casa não apresentaram mais agressões reais do que os que relataram o contrário, mas apresentaram maior proporção de agressões de faz-de-conta. Os resultados também indicaram que quanto mais modelos agressivos em casa, maior a incidência de comportamentos agressivos. Palavras-chave: Aprendizagem social; Comportamento agressivo; Comportamento lúdico. AbstractWe investigated the interaction between social learning factors measured by questionnaires and aggressive and playful behaviors of pre-school children, through direct observation during their playful break time. The subjects were 15 boys between four and six years old who were enrolled in a non-profit child care center in Goiânia-GO, Brazil. A multivariate analysis of variance indicated significant effects of aggressive models at home on aggression levels during playful behavior. Children exposed to abusive physical punishment, adult fighting and violent TV programs engaged in more episodes of aggression during playful breaks. Boys who reported to play with toy guns at home did not engage in aggressive behavior more often than those who did not, but they displayed a higher proportion of pretended aggression. Results also indicated that aggressive behavior becomes more frequent as the number of aggressive models at home increases. Keywords: Social learning; Aggressive behavior; Playful behavior. * Endereço para correspondência: Av. São João, 145, Res. Gloria Maison, Apto. 2502, Goiânia, GO, Brasil, CEP 74815-700. E-mail: tmvv@hotmail.com Agradecemos ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela bolsa de mestrado ao primeiro autor e bolsa de iniciação científica ao segundo co-autor. Também agradecemos à Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PROPE) da Universidade Católica de Goiás (UCG) pela carga horária de pesquisa ao orientador e co-autor deste trabalho. Igualmente, agradecemos à professora Maria Lúcia Seidl de Moura pela imensa disposição Não é por acaso que a agressividade é um tema recorrente nas ciências biológicas e sociais. O comportamento agressivo é uma das conseqüências da inevitável competição por recursos naturais e por parceiros sociais e reprodutivos. Esse tipo de comportamento parece ter sido selecionado por milhões de anos (Lorenz, 1973) e ser comum nas sociedades humanas desde ancestrais muito distantes (Lessa, 2004;Wrangham & Peterson, 1996).Apesar de inevitável, a expres...
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