A educação não formal ocorre em espaços onde há processos interativos intencionais construídos coletivamente. Os espaços não formais de educação ambiental (EA) são locais onde as pessoas podem vivenciar como o meio ambiente natural é imprescindível para a manutenção das relações ecossistêmicas que garantem a manutenção da vida em todas as suas formas. Assim, o objetivo deste artigo é apresentar um relato de experiência de um programa de EA, elaborado para estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental de uma escola pública na cidade de Araraquara. Para os discentes do 6º ano, foi programada uma trilha ecopedagógica da escola à Nascente do Córrego Água Branca, e para os estudantes dos 7º, 8º e 9º anos foram programadas visitas técnicas monitoradas à Estação de Tratamento de Água da Fonte Luminosa, Estação de Tratamento de Esgoto de Araraquara e Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos/Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis Acácia. A seleção desses locais se deu a fim de possibilitar aos estudantes conhecerem, ao longo dos anos finais do ensino fundamental, toda a cadeia do saneamento ambiental de Araraquara. As visitas monitoradas, além de contribuírem para o entendimento dos aspectos técnicos relacionados à cadeia de saneamento, se configuram como uma importante ferramenta de reflexão acerca das relações estabelecidas entre o ser humano e a natureza e entre os próprios seres humanos, reforçando o viés socioambiental da EA. Trabalhos nesse sentido podem contribuir para a construção de programas de EA mais robustos e eficazes, em direção a uma educação transformadora.
Diante da importância da prevenção dos problemas causados por animais de fauna sinantrópica, foi realizado em Araraquara/SP um levantamento de ocorrências no período de 2011 a 2014. Foram gerados, assim, dados sistematizados, em plataforma digital, contendo as informações básicas das ocorrências. Além da organização dos dados em planilhas digitais, as informações foram georreferenciadas utilizando-se o aplicativo Google Earth. Foram feitas tabelas especificando motivos e quantidades de ocorrências, para melhor visualização dos dados. Também foram feitos mapas, por meio do aplicativo QGIS. Durante o período observado totalizaram-se 6.398 ocorrências. Em 2013 registrou-se maior quantidade. Em 2014 houve uma diminuição de 7,23% em relação ao ano anterior, devido à falta de infra-estrutura do município para atender os casos. A sistematização dos dados das ocorrências de animais de fauna sinantrópica proporcionou uma melhoria na organização, com o intuito de subsidiar programas municipais de prevenção de casos, assim facilitando a realização de estudos futuros mais detalhados.
IntroduçãoOs animais de fauna sinantrópica são aqueles que interagem de forma desarmônica com a população humana, propiciando riscos à saúde pública (BRA-SIL, 2006; FARIAS, 2016; MORAIS, 2007). Uma parte das espécies desses animais são os vetores, ou seja, reservatórios de vírus, bactérias, entre outros organismos patogênicos que podem transmitir e propagar doenças. Estas doenças denominam-se zoonoses, ou seja, são transmitidas dos animais ao homem ou do homem aos animais por condições naturais ou acidentais (COSTA, 2015; SILVA et al., 2016). Como exemplos de vetores temos: os carrapatos, os morcegos, os pombos, as pulgas e os roedores (OPAS/OMS, 2010; MAGALHÃES et al., s/d). A outra parte da fauna sinantrópica são os animais peçonhentos, que causam problemas à saúde por meio da inoculação de peçonha (veneno). Como exemplos de peçonhentos temos: as abelhas, as aranhas, as cobras, os escorpiões, as lacraias e as taturanas (COTTA, 2014;PARISE, 2016).Dentre os principais vetores estão os roedores, que transmitem doenças como a leptospirose, através da bactéria Leptospira interrogans, presentes na urina desses animais. Essa bactéria é dispersada pela água das chuvas, podendo contaminar o homem e outros animais domésticos através da pele, chegando aos rins, ao fígado e à musculatura, com capacidade de ser fatal em alguns casos (BRASIL, 2009). A hantavirose é outra doença que também pode ser transmitida por roedores, a contaminação ocorre quando inalamos partículas das excretas, ou então por meio da mordida destes animais contaminados pelo vírus Hantavirus spp. (CAMPOS, 2002).Os pombos também são eficientes vetores de doenças. A inalação de suas excretas contaminadas por fungos pode causar criptococose ou histoplasmose. Estas doenças afetam, principalmente, o sistema respiratório, e também o sistema nervoso central no caso da criptococose. Já a salmonelose é transmitida por meio da ingestão de alimentos contaminados por fezes de pombos, com a bactéria Salmonela spp., comprometendo o sistema digestório. Os ácaros presentes nas penas dos pombos, quando em contato com a pele do homem podem causar dermatites (PMSP, s/d).Os carrapatos são vetores de doenças como a febre maculosa, transmitida por meio da picada de carrapatos das espécies Amblyomma cajennense, Amblyomma dubitatus e Amblyomma ovale, contaminados pela bactéria Rickettsia rickestsii, causando sintomas iniciais que podem confundirse com gripe. Posteriormente, com a evolução da doença, ocorre o aparecimento de manchas roxas nas extremidades do corpo do infectado, como nos punhos e nos tornozelos, também no pescoço. Devido ao fato dos sintomas se confundirem-se com os da gripe, muitos infectados não procuram o tratamento adequado, fazendo com que o quadro se agrave, podendo levar ao óbito. Babesiose canina, erliquiose canina e doença de Lyme também são doenças transmitidas pelos carrapatos (BRITO, 2012).Os morcegos podem ser vetores de doenças por meio de suas fezes e de sua mordida. As fezes contêm fungos (Histoplasma capsulatum) que causam a histoplasmose, que...
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