ResumoA teoria marxista, através do imperialismo, tem um instrumento de caracterização e interpretação do capitalismo contemporâneo. Atualmente, diversas vertentes do campo marxista (e que se assumem enquanto tal) utilizam o imperialismo em suas análises, seja através do termo neoimperialismo, novo imperialismo, imperialismo tardio, Império, globalização, neoliberalismo, ou, simplesmente, imperialismo. Desta forma, o objetivo deste artigo é analisar as interpretações marxistas do imperialismo contemporâneo e responder à questão: existe uma teoria contemporânea do imperialismo?Palavras-chave: Imperialismo; Ultraimperialismo; Globalização; Capitalismo contemporâneo; Marxismo. Abstract The theories of contemporary imperialism: a critical interpretationMarxist theory, through imperialism, has an analytical framework for the interpretation of contemporary capitalism. Currently, various aspects of the Marxist camp (and those who identify themselves as such) use imperialism in their analysis, either through the term neo-imperialism, newimperialism, late imperialism, Empire, globalization, neoliberalism, or simply imperialism. Thus, the aim of this paper is to analyze the Marxist interpretations of contemporary imperialism and answer the question: is there one contemporary theory of imperialism?Keywords: Imperialism; Ultraimperialism; Globalization; Contemporary capitalism; Marxism. JEL F540, B510, P160. IntroduçãoTodas as escolas e filiações teóricas do pensamento econômico buscam, de uma forma ou outra, interpretar e caracterizar o capitalismo contemporâneo. Na tradição marxista, um conceito amplamente utilizado (e muitas vezes utilizado sem o rigor necessário, caindo em definições fluidas e amorfas) é o imperialismo. Tratase de um instrumental teórico que, desde o começo do século XX, no âmbito da II Internacional, está relacionado a tentativas de interpretação da realidade corrente.No começo do século XX, com
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo identificar padrões espaciais de crescimento econômico dos municípios do estado do Espírito Santo. Para tanto, utiliza-se uma base de dados referentes ao PIB per capita desses municípios, englobando o período 1999-2007. Do mesmo modo, são empregados métodos de Análise Estatística Descritiva Espacial (AEDE), procurando-se verificar a formação de clusters de municípios com características econômicas semelhantes. Os resultados obtidos demonstram que: (i) há evidências de ocorrência de transbordamentos espaciais entre os municípios analisados; (ii) ocorrem nítidas diferenças entre municípios localizados no norte ou sul do estado; (iii) ao longo do período 1999-2007, vem ocorrendo um padrão de crescimento onde municípios na porção noroeste do estado tendem, em média, a crescer mais do que municípios localizados na porção sudoeste. Esses resultados são importantes no sentido de fornecerem primeiras evidências relacionadas à importância de fatores geográficos no processo de crescimento dos municípios do Espírito Santo, podendo ser úteis para a formulação e implementação de políticas regionais que visem a promover o desenvolvimento dessas localidades.Palavras-chave: economia regional; transbordamentos espaciais, Espírito Santo. JEL: O18, R12, R58. §Os autores agradecem os comentários e sugestões de Alexandre Ottoni, Ana Paula Vescovi, Mirta Sataka e aos participantes do I Encontro de Economia do Espírito Santo. Um agradecimento especial a dois pareceristas anônimos deste periódico, por fornecerem valiosas sugestões à versão anterior do trabalho. Pela editoração das figuras contidas no trabalho, fica registrado um agradecimento a João Vitor André. Vale a ressalva usual de que os erros e idiossincrasias remanescentes devem-se única e exclusivamente aos autores.
Resumo: A polêmica entre imperialismo e ultraimperialismo marcou o debate marxista no começo do século XX, sendo polarizada por Lênin e Kautski. Aparentemente, os acontecimentos do capitalismo contemporâneo demonstrariam que a tese ultraimperialista seria a vencedora, já que as rivalidades entre as principais potências não seriam observadas no campo militar. Argumenta-se que esse aparente ultraimperialismo seria uma fase particular dentro do imperialismo, cuja manifestação foi possível devido à existência de um líder indiscutível. Resultados empíricos contribuem com essa hipótese.Palavras-chave: Economia marxista. Capitalismo contemporâneo. Imperialismo. Imperialism against ultra-imperialism: theoretical connections and empirical evidence for the period 1990-2010Abstract: The controversy between imperialism and ultra-imperialism marked the Marxist debate in the early twentieth century, being polarized by Lenin and Kautsky. Apparently, the events of contemporary capitalism demonstrate that the thesis of ultra-imperialism would be the winner, as the rivalry between the major powers would not be observed in the military field. It is argued that this apparent ultra-imperialism would be a particular phase of imperialism, whose manifestation was possible due to the existence of an undisputed leader. Empirical results contribute to this hypothesis.Keywords: Marxist economics. Contemporary capitalism. Imperialism.Classificação JEL: B51, F54, F60. IntroduçãoA dimensão da crise atual enseja argumentos de que se trata de uma crise estrutural e, com isso, representaria o momento de transição entre fases do capitalismo. Considera-se que a atual fase de seu desenvolvimento histórico, marcada pelo endividamento como contraponto à pequena capacidade de crescimento (Cipolla, 2010), atingiu virtualmente seu limite. Tanto a crise do subprime quanto a da dívida soberana em países europeus são faces do mesmo fenômeno: o enorme endividamento realizado nos últimos 30 anos seja na esfera pública ou na privada 1 .Além da necessária reestruturação do processo de crescimento econômico nas economias centrais, pode estar em curso uma diminuição relativa entre a distância do principal polo
No artigo apresentamos uma interpretação sobre a relação entre crises, imperialismo e crítica social conectando dois períodos históricos distintos: o da formulação da teoria clássica do imperialismo e o período atual. Nosso objetivo foi entender como o marxismo respondeu à crise que levou à Primeira Guerra e como essa resposta poderia servir para enfrentarmos os impasses atuais. Destacamos que a pandemia de Covid-19, a emergência climática e as tensões imperialistas são dimensões entrelaçadas da crise contemporânea do capital, cujo paralelo com o processo histórico vivenciado pelo marxismo do começo do século passado deve ser encontrado na iminência da barbárie e na necessidade da crítica radical.
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