Pesquisas recentes têm evidenciado que os fatores específicos dos países, como os ambientes legal, institucional e econômico, influenciam a estrutura de capital das empresas. O presente estudo investiga os determinantes da estrutura de capital, utilizando painel de dados, para uma amostra de 388 empresas pertencentes às sete maiores economias da América Latina (México, Brasil, Argentina, Chile e Peru), no período 2001-2006. A partir de seis indicadores do nível de endividamento, foi evidenciado que os fatores específicos da firma - liquidez corrente, rentabilidade, market to book value e tamanho - apresentam os resultados mais significantes. A teoria do pecking order é a que melhor explica os resultados obtidos. Os resultados para os fatores macroeconômicos e institucionais não foram tão robustos, exceto para as variáveis crescimento do PIB, e em menor grau para as proxies sobre relevância do mercado de capitais, carga fiscal e tempo de abertura de um novo negócio.
PurposeThe “resource‐based view” (RBV) of firms considers that major operational and organisational advantages are created in the internal environment of a firm. The implementation of lean manufacturing represents the potential for strategic advantage over competitors, especially in craft‐based industries in developing regions of the world. The purpose of this paper is to investigate the relationship between the adoption of lean manufacturing and market share and value creation of companies in the agricultural machinery and implements sector in Brazil.Design/methodology/approachThe paper is based on data collected in a survey conducted across 37 firms in the agricultural machinery and implements industry in Brazil. The data were used within a model for assessing the degree of leanness to test three hypotheses using correlation, regression, analysis of variance and cluster statistical methods.FindingsBrazilian firms and managers in this sector that have supported a transition towards the adoption (and adaptation) of lean manufacturing practices have shown a significant improvement in their business performance.Originality/valueThe paper presents an empirical study where lean manufacturing is investigated and tested from a “RBV” perspective. It demonstrates the application of an emergent model for measuring the degree of leanness and the extent of business improvement. The study and the model are applied to smaller, craft‐based industries and so is applicable in developing countries and regions, in comparison with most literature on lean production in advanced economies. It provides a useful perspective for firms to corroborate and understand the potential benefits that lean manufacturing can bring if adopted.
Pesquisas sobre estrutura de capital das empresas são consideradas dentre as mais relevantes na área de finanças. Diversas abordagens teóricas têm sido discutidas e testadas na literatura financeira. Este estudo buscou analisar o nível de endividamento das maiores empresas brasileiras, à luz das duas principais teorias que versam sobre o assunto, a teoria de Pecking Order e a teoria de trade-off, testando seus determinantes. A teoria do Pecking Order sugere a existência de uma hierarquia no uso de fontes de recursos, enquanto a teoria de trade-off considera a existência de uma estrutura meta de capital que seria perseguida pela empresa. O estudo é uma adaptação do artigo de Gaud et al. (2005), cujo trabalho serviu como base e principal referência para a escolha das principais variáveis e dos testes econométricos realizados. Tal como Gaud et al. (2005), desenvolvemos as análises estatísticas utilizando a metodologia de Panel Data, que considera os dados da amostra em corte transversal e longitudinal. Além de testes estáticos, foram feitos testes dinâmicos, com o objetivo de analisar o processo de ajuste da estrutura de capital ao longo do tempo, em direção a um suposto nível-alvo ótimo. Os resultados demonstraram relação negativa entre o nível de endividamento das empresas e o grau de tangibilidade dos ativos e a rentabilidade, bem como relação positiva do endividamento com o risco. Demonstraram ainda que empresas de capital estrangeiro são mais endividadas que empresas nacionais. De um modo geral, os resultados sugerem que a teoria de Pecking Order é mais consistente do que a teoria de trade-off para explicar a estrutura de capital das companhias abertas brasileiras. Em especial, destacamos a relação negativa entre endividamento e rentabilidade, confirmando vários outros resultados de pesquisa obtidos na realidade brasileira. A análise dinâmica demonstrou baixa velocidade do processo de ajuste da estrutura de capital em direção ao nível-alvo, sugerindo a existência de elevados custos de transação e confirmando o comportamento de Pecking Order dos administradores.
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