Resumo Este estudo explorou os efeitos da crise financeira nas receitas e despesas, na produção de serviços e indicadores de saúde e de desempenho no município do Rio de Janeiro no período de 2013 a 2018. Analisou-se receitas, despesas, parâmetros de provisão de serviços e indicadores de desempenho e de saúde, a partir de dados de acesso livre e restrito. Utilizou-se a análise institucional de Giddens. As receitas e despesas sofreram redução, sendo maiores nos investimentos e receitas não vinculadas. A provisão de serviços encolheu, com queda da cobertura na Atenção Primária, produção ambulatorial, internações totais, número de leitos, médicos e agentes comunitários de saúde, cirurgias realizadas e taxa de ocupação de hospitais. Os tempos de espera para ambulâncias, exames e consultas ambulatoriais, bem como o número de solicitações pendentes na regulação aumentaram. Indicadores de saúde e desempenho persistiram, em sua maioria, dentro dos parâmetros anteriores, corroborando a potência assistencial da Atenção Primária, apesar do impacto financeiro e estrutural da austeridade. A conjuntura atual ameaça o direito à saúde e as respostas governamentais, como a desvinculação de receitas, sinalizam uma ampliação desse risco.
Introduction In Brazil, according to the National Policy for Integral Health for Lesbians, Gays, Bisexuals, Transvestites, Transsexuals, Queers, Intersexuals and other identities (LGBTQI+), it is increasingly necessary to guarantee access to the health system, as well as to train qualified professionals. Objective describing the perception of Community Health Agents (CHA) about the approach to and access of LGBTQI+ people to primary health care. Methods Quantitative research conducted in October 2019 with 60 community health workers from the municipality of Rio de Janeiro, Brazil. The research was approved by the Ethics and Research Committees of the participating institutions. Results it was found that 100% of the CHA have already supported LGBTQI+ people, 19.2% identify prejudiced attitudes and delay in service as barriers to accessing the unit, and 19.2% recognize the presence of group activities in the unit. In the view of the CHA interviewed, LGBTQI+ patients could be approached in groups (50%), individually (19.2%) or both (30.8%). Among the strategies to increase the access of those patients, 61.5% are unaware and 38.5% listed possible strategies to be implemented in the unit. The topics of interest for discussion were: approach to reception, sexual identity, prejudice, psychological support, family, diseases, violence, and rights. Conclusions From the perspective of community health agents, the study allowed reflections on how approaching and making access available to LGBTQI+ patients in the primary care network. This evidences stigmas and fragility of professionals in the individual and collective approach to deal with issues regarding guidance sexuality and gender identity of the clientele served. It is important to emphasize permanent education actions among professionals, aiming at a comprehensive health care for the LGBTQI+ population. Key messages Welcoming and qualified listening promote comprehensive health care for the LGBTQI+ population. Improvements in the access of the LGBTQI+ population to the primary health care network decrease morbidity and mortality.
Resumo Introdução O município do Rio de Janeiro possui a segunda maior rede absoluta de Atenção Primária à Saúde (APS) do Brasil. A implantação do e-SUS AB no município foi programada de acordo com o perfil encontrado nos diferentes territórios de saúde, as Áreas Programáticas (AP). Objetivo Relatar a experiência de profissionais da gestão municipal do período de 2017 a 2020. Método Foram realizadas a análise documental e a verificação de dados da Secretaria Municipal de Saúde. Resultados A implantação do PEC e-SUS ocorreu de forma gradual entre as AP do município do Rio de Janeiro. Houve desafios com relação à migração de dados para a alimentação de relatórios do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB), sistematização das diretrizes de implementação, fluxo e alimentação da informação no sistema. Contudo, eles proporcionaram uma curva de aprendizado para a gestão e equipes de saúde, tanto na implantação quanto na operacionalização do sistema. Ao final, a implantação do sistema na cidade foi eficiente e apresenta benefícios a médio e longo prazo para a população e para as equipes e gestores em saúde. Conclusão Ainda que haja integração do e-SUS dentro da cidade do Rio de Janeiro, é necessário haver o monitoramento constante e a elaboração de protocolos de interoperabilidade para a efetividade da informação em saúde dentro do município.
Introdução: A melhoria contínua da qualidade (MCQ) em saúde pode ser conceituada como um compromisso de melhorar continuamente a qualidade do cuidado, centrando-se nas preferências e necessidades das pessoas que usam os serviços. No Brasil, entre os anos de 2009 e 2016, houve grande incentivo à avaliação do desempenho e melhoria da qualidade das equipes de saúde da família (eSF), através do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). No município do Rio de Janeiro (MRJ), ocorreram os seminários de accountability, um processo organizado pela gestão municipal para apresentação e avaliação de resultados por avaliadores externos a partir de uma matriz de indicadores previamente definidos, e os seminários de avaliação e melhoria da qualidade, organizados em 2018, com a prerrogativa do uso de ferramentas de MCQ pelas eSF e gestão local. Objetivos: Analisar a experiência das equipes de APS do MRJ em utilizar ferramentas de MCQ no seu processo de trabalho. Métodos: Foram realizadas entrevistas semiestruturadas aos profissionais que compõe a coordenação técnica das unidades básicas de saúde, avaliando-se a percepção geral sobre o trabalho e a rede, a presença de planejamento estratégico e a compreensão sobre os seminários de avaliação e melhoria da qualidade, por meio de da análise do conteúdo das entrevistas. Resultados: Dos entrevistados, 54% avaliam seu trabalho como “regular” e 36 % como “ruim” e todos entrevistados levaram em consideração o atual cenário da APS do MRJ para autoavaliação. Dos participantes, 86% relataram que as reuniões de equipe não acontecem na periodicidade prevista, contudo apontam para a ênfase no planejamento dos processos de trabalho nas reuniões. Somente 10% informaram que utilizam indicadores em saúde para nortear as ações a serem discutidas em reunião. Apenas 14% conseguiram realizar o itinerário completo dos seminários de MCQ com apoio de toda a equipe. Conclusão: Evidenciou-se a importância da institucionalização da MCQ e da avaliação em saúde, a influência negativa de um cenário político adverso e seu impacto nos processos de MCQ.
Objective: to assess the effect of changes on Primary Care policies on the trend in hospitalization rates for Ambulatory Conditions Sensitive to Primary Care in the city of Rio de Janeiro, Brazil. Study design: It´s an ecological study with data from Brazilian National Health Information System. Methods: We performed interrupted time series analysis, comparing 3 different periods due to primary care policies in Brazil: 2008-2009; 2010-2017, and 2018-2019. Dataset included total ACSC and rates for 19 groups of conditions. Results: There was a non-significant increasing trend in baseline admissions. The reform impacted (policy #1) the change in trend, causing it to reduce in the period significantly. However, the change in the PNAB (policy #2) did not change the trend but reduced the rate of decline. Trends and differences among periods vary due to the ACSC group. Conclusion: Primary care is sensitive to changes in public health policies. The hospitalization rate for ambulatory care-sensitive conditions is an indicator that reflects the changes and the adaptability of the organization of the health service network to guarantee universal coverage and to attend to the population's demand.
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