Trata-se de um estudo epidemiológico observacional transversal, com o objetivo de analisar a prevalência, taxa de mortalidade e óbitos decorrentes da neoplasia maligna de estômago no Brasil, por região nos últimos 10 anos e comparar as diferenças entre gêneros e a distribuição no território nacional. A análise foi feita através de dados secundários obtidos pelo sistema do DATASUS, com as variáveis epidemiológicas: sexo, números de internações, óbitos e taxa de mortalidade de acordo com o critério cronológico das internações hospitalares autorizadas no período compreendido entre maio/2010 e maio/2020. Durante o período houve 251.835 internações pelo câncer de estômago no Brasil, destas, 162.908 (64,69%) pela população masculina e 88.927 (35,31%) pela feminina; o número total de óbitos foi 42.042, sendo 27.139 (64,54%) na população masculina e 14.910 (35,46%) na população feminina; além de uma taxa de mortalidade de 16,7%, sendo 16,66% na população masculina e 16,77% na feminina. A região Sudeste apresentou o maior número de internações, 115.333 (45,80%), e o maior número de óbitos, 21.243 (50,52%), enquanto a região Norte apresentou a maior taxa de mortalidade, 21,4%. Apesar de notar-se um paulatino aumento no número de internações e mortes no período, o que se revela como um aumento no número de casos, pode ser interpretado como um dado positivo, pois sugere um maior acesso às promoções de saúde e a diagnósticos mais precoces, refletindo na diminuição da taxa de mortalidade da doença na última década.