Não constitui novidade a existência de desafios impostos pelo negacionismo científico às políticas públicas de imunização. Na história do Brasil, observa-se que o movimento antivacina esteve presente desde o século XIX, baseando-se em justificativas falaciosas que descredenciavam a ciência pelos mais diferentes argumentos jurídicos, morais e religiosos. O presente texto tem como objetivo interpretar a refutação às políticas públicas de combate à pandemia de coronavírus à luz dos eventos que resultaram na Revolta da Vacina. Para tanto, realizou-se uma revisão bibliográfica narrativa, delineada pela busca de artigos científicos e bibliografias nos principais repositórios eletrônicos internacionais. Os descritores utilizados para busca foram: vacinas, COVID-19, imunização, histórico, medidas sanitárias, negacionismo, movimentos antivacina e Brasil, além das suas respectivas traduções para a língua inglesa. Foi percebida uma linha de continuidade entre os discursos do passado e do presente que se opõem às medidas restritivas e à vacinação, seja pela alegação de defesa da liberdade individual, seja pela invocação de ideias obscurantistas. Conclui-se que a recusa arbitrária ao cumprimento de políticas públicas sanitárias configura exercício abusivo do direito de liberdade individual, por expor a sociedade a riscos graves e evitáveis.
Atualmente, as infecções bacterianas com padrão de resistência tem sido um grande problema a ser combatido. Nesse cenário, a bactéria Klebsiella pneumoniae apresenta grande importância devido ao seu perfil de multirresistência a fármacos antimicrobianos, através da produção de enzimas com caráter hidrolítico, denominadas como carbapenemases. Em virtude disso, é necessário que os protocolos terapêuticos sejam revistos para a evolução clínica satisfatória dos pacientes, onde conhecer os mecanismos de infecção do patógeno e suas características morfológicas elucidam qual a estratégia terapêutica adequada. Assim, o objetivo deste trabalho é realizar um levantamento de dados na literatura sobre as estratégias terapêuticas em infecções por K. pneumoniae produtora de carbapenemase, visando uma análise das possibilidades de tratamento, comparando seus benefícios, fragilidades e possíveis impactos, além da aplicação de novos fármacos nesta temática. Para tanto, realizou-se uma revisão bibliográfica narrativa, delineada pela busca de artigos e bibliografias nos principais repositórios eletrônicos. Os descritores utilizados foram: klebsiella pneumoniae carbapenemase; enterobacteriae produtora de KPC; KPC-KP patogênese; KPC-KP diagnóstico laboratorial e klebsiella pneumoniae tratamento e ensino em saúde. Por fim, foi possível observar que dentre as terapêuticas utilizadas nas infecções por Klebsiella pneumoniae resistente aos carbapenêmicos, a monoterapia tende a ser ineficaz, uma vez que esta bactéria possui multirresistência aos fármacos antimicrobianos convencionais. Já o uso da terapia combinada apresenta maior eficácia, devido à atividade conjunta dos fármacos em questão. Porém, é necessário que as condições fisiológicas de cada paciente sejam avaliadas, dado à alta nefrotoxicidade de alguns antimicrobianos. Como adendo, os novos fármacos também demonstram eficácia significativa para estas infecções.
Os pesticidas ou agrotóxicos são substâncias químicas utilizadas na agricultura, por possuir atividade sobre inúmeros organismos vivos prejudiciais às culturas. Neste âmbito, os compostos organofosforados e organoclorados apresentam grande relevância, devido a quadros de intoxicação humana de importância médica e contaminação ambiental. O objetivo deste trabalho é realizar uma sistematização de informações, contextualizando a problemática de forma crítica com ênfase na ecotoxicologia e seus reflexos médicos, associados ao uso de compostos organofosforados e organocloradosrevisão bibliográfica narrativa, delineada pela busca de artigos científicos e bibliografias sobre tais compostos nos principais repositórios eletrônicos internacionais. Os descritores utilizados para busca foram: pesticidas, agrotóxicos, organoclorados, organofosforados, toxicidade, diagnóstico, tratamento e impacto ambiental. O diagnóstico é majoritariamente clínico, porém, análises laboratoriais para avaliação/diagnóstico podem ser realizadas, como a determinação de atividade da colinesterase eritrocitária (AChE) e colinesterase plasmática (BChE), para fins de prognóstico/monitoramento em casos crônicos. Outros exames também podem ser solicitados para análise e investigação. O protocolo terapêutico seguido em casos de intoxicação por organofosforados constitui-se na administração de drogas com atividade antagonista às substâncias, como a atropina e as oximas, carvão ativado, drogas anticonvulsivantes/neuroprotetoras e cuidados intensivos quando necessários. Entretanto, não há nenhum tipo de tratamento definitivo relacionado à toxicidade por organoclorados. Apesar de possuir grande toxicidade ambiental e às formas de vida, os compostos organofosforados continuam sendo utilizados para o combate a pragas agrícolas, enquanto os organoclorados para o controle vetorial/disseminação de doenças. Ademais, tais compostos estão associados a acidentes ocupacionais e também a suicídios.
A COVID-19 é uma doença transmissível causada pelo vírus SARS-CoV-2, que emergiu em dezembro de 2019, na China. Tal patógeno se disseminou por todo o globo terrestre de maneira descontrolada, culminando em uma pandemia que vem causando impactos desastrosos. Na maioria dos óbitos por COVID-19, a hipertensão arterial, obesidade, diabetes mellitus, doença cardíaca e quadros respiratórios, como a tuberculose, estavam presentes. A tuberculose é uma doença causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, sendo um grande problema de saúde pública mundial devido a sua ampla dispersão geográfica, casos de multirresistência, e por ser um fator relevante de morbimortalidade. Além disso, possui como característica principal o comprometimento pulmonar, o que é de grande preocupação quando associado aos casos de COVID-19. O objetivo deste trabalho é realizar uma sistematização de informações, contextualizando de forma crítica a problemática central sobre a interação COVID-19/tuberculose, buscando analisar evidências descritas sobre o tema com ênfase em seus impactos diretos e indiretos. Para tanto, realizou-se uma revisão bibliográfica integrativa, delineada pela busca de bibliografias e artigos científicos nos principais repositórios eletrônicos. Os descritores utilizados foram: tuberculose, COVID-19, impacto, coinfecção, histórico, epidemiologia, fatores de risco, diagnóstico, vacina e alterações clínico/laboratoriais. Por fim, nota-se que a interação COVID-19/tuberculose está associada a quadros desfavoráveis e letais aos pacientes, assim como a impactos indiretos. Logo, novas estratégias para o controle/manejo de ambas as doenças são de grande urgência. Todavia, o conhecimento sobre a temática ainda é limitado, havendo a necessidade de estudos mais aprofundados acerca das possíveis variáveis e efeitos ainda desconhecidos.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.