Objetivo: analisar os impactos das condicionantes sociais preexistentes no Brasil sobre a saúde mental em condições de restrição de contato interpessoal pela pandemia de COVID-19. Método: pesquisa exploratória por meio de documentação indireta de fontes secundárias e primárias. Resultados: a pandemia de COVID-19 demandou medidas de restrição de contato social, gerando dilemas éticos, legais e econômicos. Essas restrições, contrariamente, podem atuar negativamente sobre a saúde individual, em especial a mental. Assumindo que a saúde não se restringe a parâmetros biomédicos, os condicionantes sociais assumem importante papel. Esses parâmetros ficam evidentes em países como o Brasil, em que a estrutura social é perversa e a desigualdade flagrante. Essa estrutura dificulta a adequação às normas preventivas da COVID-19 e atua sinergicamente às condicionantes sociais pré-pandêmicas interferindo decisivamente, na saúde mental. Considerações finais: é esperado que as mudanças repentinas e compulsórias, bem como as incertezas com o futuro acarretem sofrimento mental, devendo-se atentar para possíveis adoecimentos. Já se verifica agravamento de alguns estados psicopatológicos e aumento no consumo de álcool e drogas. Por fim, ficou evidente que a pandemia não só afastou pessoas, mas potencializou a distância preexistente para aqueles mais vulneráveis, agravando as condicionantes sociais de saúde.
Buscou-se oferecer uma visão geral da pandemia de COVID-19, enfatizando os impactos das medidas de saúde pública restritivas de contato interpessoal propostas pela OMS. Desenvolveu-se pesquisa exploratória, a partir da revisão sistemática de artigos de grande impacto internacional nas ciências médicas, publicados após a decretação pela OMS da COVID-19 como Emergência de Saúde de Âmbito Internacional, em janeiro de 2020. Além disso, buscou-se discutir a problemática gerada por governantes, ao contrariarem as propostas da OMS para interrupção da transmissão. Assim, foi possível reunir e apresentar informações atualizadas sobre a COVID-19 e, principalmente, reconhecer o papel inequívoco no controle da pandemia pelas medidas clássicas de saúde pública.
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