Introdução: O jejum pré-operatório visa reduzir o conteúdo gástrico antes da indução anestésica para diminuir o risco de vômitos e broncoaspiração. Caso ele seja prolongado, pode provocar sintomas neuroglicopênicos, prejudiciais ao organismo. A Sociedade Americana de Anestesiologia recomenda, desde 1999, administrar líquidos claros ou sem resíduos, até duas horas antes de procedimentos com anestesia. Entretanto, trabalhos atuais vêm mostrando baixa adesão a esses guidelines em serviços pediátricos. Objetivo: Realizar revisão integrativa acerca do período ideal de jejum pré-operatório de crianças submetidas a cirurgias eletivas, enfatizando os prejuízos do jejum por tempo prolongado.Metodologia: Executou-se uma revisão integrativa nas bases de dados PubMed, Scopus, Web of Science e Lilacs. Não foram incluídos capítulos de livro, outros documentos incompatíveis ou estudos que não abordassem a temática da revisão. Os descritores foram "postoperative fasting" e "children".Ao cruzar os resultados e remover repetições, encontrou-se 363 artigos, sendo selecionados 26.Resultados: Estudos sugerem uma mudança no atual guideline "regime 6-4-2" utilizado para jejum precedente a procedimentos cirúrgicos eletivos, visando reduzir o tempo limite de sua execução para evitar complicações cirúrgicas. Destaca-se que a duração do jejum e os tipos de líquidos e alimentos consumidos para evitar seu prolongamento, variam com a idade do paciente pediátrico. Indicam ainda a segurança de um jejum pré-operatório reduzido, obtendo resultados positivos em fatores como vômitos, náuseas, aspiração, resposta inflamatória e metabólica. Conclusões: Novas pesquisas ainda são necessárias para se obter melhores indicações sobre o tempo ideal de jejum pré-operatório de crianças.
Introdução O mal de Parkinson é uma doença associada à degeneração de neurônios da substância nigra, local de produção intensa de dopamina. Assim, vide essa desregulação, diversos distúrbios motores se estabelecem, como tremores nas mãos, lentidão de movimentos, rigidez muscular, bradicinesia e desequilíbrio. Também são identificados distúrbios não motores como perda de memória, dificuldade na fala e alterações vinculadas ao ciclo circadiano. Atualmente, a farmacologia utilizada no tratamento antiparkisoniano reduz parcialmente os sintomas, destacando-se, entre elas, a Levodopa (L-DOPA). Ainda que sua utilização proporcione benefícios terapêuticos, também provoca efeitos negativos no organismo, como náuseas, vômitos e hipotensão postural. Nesse sentido, os derivados de canabinóides, essencialmente o canabidiol, possuem destaque como uma alternativa menos sintomática. Objetivos Conduzir uma revisão de escopo sobre a utilização dos canabinóides no tratamento da DP, elucidando seus benefícios e limitações, bem como as projeções terapêuticas da doença. Métodos Foram utilizados os descritores “canabidiol” e “parkinson” nos bancos de dados: Lilacs, Pubmed, Teses, Scielo, Teses USP e Portal de Revistas da USP, visando conduzir esse estudo. Ademais, foram seguidos 5 passos orientadores da elaboração dessa revisão: identificação do problema de pesquisa, identificação dos estudos relevantes, seleção de estudos, coleta de dados e síntese dos resultados. Dos 131 artigos identificados nos bancos de dados, 16 respeitaram os critérios de inclusão aplicados. Resultados O teor dos artigos enfatizou a comparação do uso de canabinóides versus a levodopa, no qual o primeiro apresentou uma resposta menos sintomática. Um ensaio realizado com camundongos apresentou melhoria significativa na porção nigroestriatal e também evidenciou melhorias nos déficits motores induzidos por 6-hidroxidopamina (6-OHDA). Outros estudos evidenciaram benefícios não sintomáticos como diminuição de surtos psicóticos e distúrbios do sono que são os principais sintomas não motores da doença. Conclusão O tratamento com canabinóides possui grande potencial para melhoria dos sintomas da DP, pois está diretamente ligado à diminuição dos sintomas motores, psicóticos e dos distúrbios do sono. Entretanto, ainda é necessário maiores esclarecimentos acerca de sua total efetividade e a necessidade de mais questionamentos sobre mecanismos de ação ainda não completamente compreendidos. Palavras-chaves: Canabidiol, Doença de Parkinson, Tratamento, L-DOPA.
A doença de Alzheimer (DA) é um distúrbio neurodegenerativo irreversível que afeta áreas ligadas à cognição no cérebro. Ao procurar alternativas para a atenuação dos sintomas da doença, estudos recentes com a proteína Irisina, produzida em exercícios de resistência, evidenciaram o caráter neuroprotetor do peptídeo, vinculando-o à expressão de fatores neurotróficos como o BDNF. Tal hormônio ainda possui propriedades protetivas ao hipocampo, região do cérebro envolvida com a memória. Considerando os múltiplos fatores da DA, esta revisão levou em consideração os possíveis benefícios da estimulação à produção de Irisina na diminuição de sintomas vinculados à memória na DA.
Introdução: A cafeína possui ação estimulante no sistema nervoso central e representa uma das drogas mais prescritas na medicina neonatal, sendo preferencial para o tratamento profilático da apneia. Os inibidores do receptor de adenosina neste composto são bem estabelecidos para o tratamento terapêutico da apneia por prematuridade pela capacidade de estabelecer uma regularidade no padrão de respiração e uma maior ventilação alveolar. Objetivos: Avaliar a efetividade do uso de citrato de cafeína, via intravenosa, no tratamento de apneia em crianças prematuras. Metodologia: Revisão sistemática da literatura nas bases de dados PubMed, SciELO e BVS. Os descritores foram "apneia", "caffeine" e "premature", sendo os critérios de inclusão: texto completo, em inglês e/ou português, entre 2018 e 2022. Não foram incluídos ensaios com animais, revisões sistemáticas e relatos de caso. Cruzando os descritores, foram encontrados 328 artigos; 15 foram selecionados. Resultados:Um estudo de coorte comparou a eficácia da terapia com cafeína precoce versus tardia, apontando que a terapia precoce teve menor tempo de internação, menor ventilação mecânica não invasiva, dieta enteral 6 dias antes, maior média de peso, menor frequência de displasia broncopulmonar, risco reduzido de osteopenia da prematuridade e 8 vezes menos chances de morte antes da alta hospitalar em comparação com o grupo tardio. Um estudo comparou o tratamento com altas e baixas doses de citrato de cafeína na apneia, observado que a taxa de falha na extubação, duração de intubação invasiva, duração da ventilação antes da extubação e dias de apneia foram menores no grupo de altas doses. Outro estudo constatou uma grande eficiência do tratamento da apneia com doses iniciais maiores de citrato de cafeína e, em casos mais graves, doses de manutenção diárias menores. Foi, ainda, analisada a efetividade da cafeína em comparação com a aminofilina, que evidenciou quantidade de recorrência de apneia após o tratamento semelhante nas crianças tratadas com ambas as drogas.Conclusão: a literatura é consonante que a terapia com citrato de cafeína é favorável no tratamento de apneia em prematuro. Tal tratamento, quando precoce e em altas doses, reduz o tempo de internação e melhora o prognóstico.
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