Este artigo consiste na investigação de um habitus pedagógico de atendimento educacional em contexto de privação de liberdade, buscando desvendar as relações entre escolhas curriculares e o imperativo da inclusão escolar e social. O ponto de reflexão situa-se na análise de saberes e sujeitos envolvidos nesta práxis, centralizando os olhares para o devir docente. As análises partiram do enfoque da multirreferencialidade, utilizando metodologia qualitativa para elaboração de entrevista semiestruturada respondida por cinco professores que atuam no Complexo Penitenciário de Florianópolis, bem como uma bricolagem com documentos e fontes levantadas. Esse estudo permitiu compreender a centralidade de uma concepção emancipatória de educação para que se atinjam os objetivos da inclusão e ressocialização.
Este artigo tem como objetivo analisar o documento “Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida (PNEE)”, instituído pelo Decreto 10.502 de 30 de Setembro de 2020. Teórico-metodologicamente o texto está ancorado na pesquisa de abordagem qualitativa à luz dos estudos de Foucault (1985, 1988, 1995, 2002, 2008, 2010, 2014), Rodrigues (2006) e Veiga-Neto e Lopes (2007). A análise aponta que a Política Nacional não apresenta alinhamento com o atual debate acerca da educação inclusiva e que o documento fere princípios dos direitos das Pessoas com deficiência, reforçando um modelo segregador de educação especial e incentivando o atendimento dessas pessoas em centros especializados, escolas e classes especiais, retomando uma perspectiva excludente pautada no modelo médico de deficiência.
Este artigo tem como objetivo refletir sobre algumas questões inerentes à relação educador/educando, trazidas nas obras de Paulo Freire. Os conceitos de emancipação intelectual, comunicação dialógica e igualdade, trabalhados por nosso patrono da educação e abordados neste estudo, encontraram interlocução no pensamento de Joseph Jacotot, educador francês do início do século XIX, com quem buscamos paralelos. Sabendo que a educação e a política norteiam a obra de ambos os educadores, o recurso metodológico adotado foi a pesquisa bibliográfica, mobilizada a partir de aportes teóricos como Rancière (2015), Kohan (2017; 2019), Masschelein e Simons (2013), os quais abordam a filosofia para pensar a educação, a política, a igualdade e a emancipação. As conclusões apontam o compromisso político dos educadores analisados com a emancipação intelectual e a libertação dos sujeitos por meio da educação, apresentando caminhos de resistência e enfrentamento ao conservadorismo que afronta a educação, o educador e a escola.
Este artigo, baseado em uma pesquisa de doutoramento, objetiva analisar os enunciados de professores da Educação Básica sobre seus (não) saberes no que se refere à Educação Inclusiva. Tem como questão investigativa “O que faz um professor se sentir preparado para dar aulas?” Para tanto, parte dos estudos discursivos de Foucault (2012), Deleuze (2012) e Deleuze e Guattari (1995) para compreender esses enunciados em relação à teoria e à prática, trazendo ao bojo das discussões a multiplicidade e a transdisciplinaridade. À luz da concepção teórico-metodológica desses autores para a análise enunciativa, verificou-se que os docentes acreditam que saber mais é saber melhor, para educar e para incluir, e que a prática transdisciplinar favorece a educação inclusiva.
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