Este artigo articula uma proposta de análise cartográfica e de caráter sincrônico para as sentenças formadas por um sujeito pré-verbal duplicado por um pronome pessoal resumptivo (SD) do português brasileiro (PB). Parte-se da tese já abordada na literatura (cf. COSTA; DUARTE; SILVA, 2004; QUAREZEMIN, 2019, 2020; entre outros trabalhos) de que, nessa língua, os constituintes iniciais de tais sentenças não são necessariamente topicalizados, podendo, ainda, se situar no domínio argumental. Assume-se, em concordância com Quarezemin (2019, 2020) e Krieck (2022), que esses constituintes não topicalizados ocupem Spec,SubjP, configurando-se, portanto, como sujeitos sentenciais default. A partir de tal premissa, é assumido que o pronome resumptivo manifesta comportamento heterogêneo ao longo da sorte de sentenças de SD do PB, dependendo da posição ocupada pelo elemento inicial e de outras condições gramaticais envolvidas. As peculiaridades que caracterizam os pronomes resumptivos permitem que sejam assim categorizados, em acordo com a tripartição pronominal proposta em Cardinaletti e Starke (1994): como pronomes fortes ou fracos, em face de um DP inicial à esquerda, e como pronomes fracos ou clíticos, quando esse elemento ocupa uma posição interna a IP. Sob tal concepção, este trabalho propõe que a classe em que o elemento resumptivo se enquadra define a posição ocupada por esse na estrutura, de tal forma que: (i) pronomes resumptivos fortes ocupem Spec, SubjP, podendo, muito restritamente, se situar à esquerda; (ii) pronomes resumptivos clíticos ocupem a posição nuclear Subj°; e (iii) pronomes resumptivos fracos figurem em Spec, TP. Com base nessa análise, são delineados, ainda, os distintos processos de formação estrutural que subjazem a produção de tais sentenças.
Esta resenha aborda o e-book Artefatos de gramática: ideias para aulas de língua, organizado pelas professoras Roberta Pires de Oliveira e Sandra Quarezemin. O material é resultado de trabalhos realizados a partir de uma extensão realizada na Universidade Federal de Santa Catarina e contou com sete projetos que exibem artefatos em gramática que podem ser praticados em contexto escolar, constituindo-se ideias para professores aplicarem e replicarem com seus estudantes. Nesta resenha, apontamos os pontos principais de cada capítulo, relacionando-os � nossa perspectiva teórica, que parte da Teoria e Análise Linguística. Avaliamos o e-book como uma ferramenta muito favorável ao trabalho com a língua portuguesa sob a perspectiva científica – portanto, uma ótima leitura para professores de Língua Portuguesa e todos aqueles interessados em propostas metodológicas que entendam a língua por esse viés.
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