Escrever na universidade é uma prática de letramento complexa que requer aprendizado acerca de seu desenvolvimento. Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho é compreender modos particulares de estudantes de Letras se assumirem autores em produções acadêmico-científicas. A partir desse objetivo, com base na perspectiva sociocultural da teoria dos letramentos acadêmicos, desenvolveu-se uma pesquisa em uma universidade catarinense, entre 2016 e 2017, em torno de práticas de letramento acadêmico de estudantes de um primeiro ano do curso de Letras. Tais práticas abrem possibilidades de esses estudantes se Miguilim-Revista Eletrônica do Netlli | V. 6, N. 3, p. 44-66, set.-dez. 2017 assumirem autores de suas produções escritas acadêmicas, com apoio da elaboração de diários reflexivos e de uma seção de análise de artigo científico, os quais se relacionam quanto aos objetos discursivos. A interpretação qualitativa desses dados se dá por meio de recursos linguístico-discursivos utilizados para a marcação de autoria, ou seja, recursos que indicam o estilo do autor para com o gênero discursivo em questão. Observa-se isso através de modalizadores e seus respectivos sentidos. Além disso, os resultados apontam como os sujeitos desenvolvem o gerenciamento de vozes, como citam, referenciam e discutem as outras vozes em suas produções. Os dois gêneros, artigo científico e diário reflexivo, apresentam características particulares, entretanto, relacionam-se quanto ao objeto de discussão e, por conta disso, há também relação direta entre um gênero e outro.
analisado com olhar crítico pelo professor, visando a pluralização do ensino. Assim, sugerimos que os livros não sejam usados como único material e que o docente elabore aulas visando a gramática cientificamente para inserir a linguística no ensino de português.
Nesta resenha, iremos falar sobre a vídeo conferência intitulada “Bases para uma Pedagogia da Variação Linguística” ministrada pelo autor Carlos Faraco, que ocorreu em 08 de maio de 2020. O autor aborda diversos pontos de extrema importância, que necessitam cada vez mais de atenção por parte dos professores de língua portuguesa. Ele explica sua visão de ensino através da chamada “Pedagogia da variação linguística” e de como ela deve estar presente em sala de aula de forma científica. Faraco cita também a importância de se trabalhar com a bagagem sociocultural dos alunos e a necessidade de quebrar o senso comum e mitos da linguagem, que acabam reproduzidos por gerações de professores. Mostramos, assim, nosso ponto de vista de acordo com a fala do autor.
Esta resenha aborda o e-book Artefatos de gramática: ideias para aulas de língua, organizado pelas professoras Roberta Pires de Oliveira e Sandra Quarezemin. O material é resultado de trabalhos realizados a partir de uma extensão realizada na Universidade Federal de Santa Catarina e contou com sete projetos que exibem artefatos em gramática que podem ser praticados em contexto escolar, constituindo-se ideias para professores aplicarem e replicarem com seus estudantes. Nesta resenha, apontamos os pontos principais de cada capítulo, relacionando-os � nossa perspectiva teórica, que parte da Teoria e Análise Linguística. Avaliamos o e-book como uma ferramenta muito favorável ao trabalho com a língua portuguesa sob a perspectiva científica – portanto, uma ótima leitura para professores de Língua Portuguesa e todos aqueles interessados em propostas metodológicas que entendam a língua por esse viés.
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