O crédito rural tem um importante papel como instrumento de política agrícola e promotor do desenvolvimento da agropecuária, uma vez que permite uma maior integração técnica da indústria com a agricultura, apesar da tendência à concentração regional. Neste sentido, este estudo teve por objetivo analisar a distribuição espacial do crédito rural em relação ao valor adicionado pela produção agropecuária para as microrregiões do Estado do Rio Grande do Sul, a partir da aplicação do Índice Regional de Crédito Rural, para os anos de 2005, 2010 e 2015. Entre os resultados, destacam-se: (i) desigualdades na distribuição do crédito rural, processo que se concentrou nas microrregiões que apresentaram os maiores IRCR, entre elas Campanha Ocidental, onde prevalecem propriedades ligadas à atividade pecuária; Caxias do Sul e Não-Me-Toque, regiões com diversas empresas ligadas ao ramo do setor do agroindustrial, Porto Alegre, microrregião com maior número de instituições financeiras e; (ii) que a média do IRCR superior à unidade, de 1,48, demonstra que o estado obteve participação maior na distribuição do crédito rural em relação ao VAB da Agropecuária.
Este estudo buscou analisar a competitividade e a orientação regional das exportações de uvas frescas produzidas no Brasil, no período 2000 a 2017. Para atingir esse objetivo, utilizaram-se os indicadores de comércio internacional Vantagem Comparativas Revelada (VCR), Taxa de Cobertura (TC) e Índice de Orientação Regional (IOR). Os resultados indicam que, na maior parte do período analisado, o Brasil teve vantagem comparativa revelada. Além disso, durante todo o período, as exportações superaram as importações, e as exportações possuem forte orientação para os dois principais importadores do produto, que são Holanda e Reino Unido. Entretanto, o produto vem perdendo espaço no comércio internacional, portanto, é necessário que haja maiores incentivos à produção de uva para que o país consiga maior inserção nesse mercado, que possui grande potencial.
O objetivo deste trabalho foi o de mensurar a influência da taxa de câmbio e da renda externa sobre as exportações de produtos básicos do Estado do Rio Grande do Sul (RS) para o período de janeiro de 2001 a outubro de 2018. Os dados foram coletados no site IPEADATA e no site Internacional Financial Statistics do Fundo Monetário Internacional (FMI/IFS). Para tanto, utilizou-se o Modelo Vetorial de Correção de Erros (VECM). Os resultados indicaram que a elasticidade da renda externa é muito superior à elasticidade da taxa de câmbio, inferindo-se que as exportações gaúchas de produtos básicos respondem melhor a uma variação na renda externa do que à da taxa de câmbio. Assim, o crescimento da renda mundial e, consequentemente, o aumento da demanda fazem com que as exportações não sejam tão dependentes da taxa de câmbio.
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