Este estudo tem por objetivo realizar uma caracterização espacial do processo da modernização agrícola dos municípios do Estado do Rio Grande do Sul, a partir dos dados atuais do Censo Agropecuário de 2017 e o de 2006. Então, para explorar o fenômeno da modernização da agricultura, foram utilizadas técnicas de estatística multivariada e Análise Exploratória de Dados Espaciais (AEDE). Os resultados encontrados indicam que há autocorrelação espacial positiva entre os municípios. Desta forma, identificou-se que os municípios que apresentaram alto Índice de Modernização Agrícola (IMA) estão rodeados por municípios vizinhos que apresentaram também IMA elevado, localizados nas mesorregiões do Noroeste, Nordeste e Centro Ocidental Rio-grandense, evidenciando um efeito de transbordamento na difusão dessas tecnologias entre eles. E os municípios gaúchos que apresentaram baixos valores no seu IMA também estão rodeados por municípios vizinhos que apresentaram baixos níveis desse mesmo índice, sugerindo um contágio da carência tecnológica na atividade agrícola. Esses resultados refletem as heterogeneidades tecnológicas agrícolas entre os municípios gaúchos, indicando que os fatores da modernização agrícola não influenciam apenas no desenvolvimento rural, mas também no desenvolvimento regional.
Palavras-chave: Modernização Agrícola. Distribuição Espacial. Análise Fatorial. Desenvolvimento Regional.
O estudo teve como objetivo analisar as trajetórias de exportações de Brasil e Argentina no comércio internacional de soja em grãos, farelo de soja e óleo de soja entre 1990 a 2018. Para tal utilizou-se um modelo econométrico de taxa de crescimento através da coleta de dados secundários no Department of Agriculture (USDA) para o período de 1990 a 2019. Os resultados mostram de forma comparada que a Argentina apresentou uma taxa de crescimento anual maior nas exportações de farelo de soja 7,05% e óleo de soja 6,16%, enquanto a taxa geométrica de crescimento das exportações para soja em grãos representou 5,15%, no consumo doméstico a Argentina obteve uma taxa de crescimento anual de 7,22%. Já o Brasil, obteve uma taxa de crescimento maior nas exportações de soja em grãos 12,12%, enquanto as exportações de farelo de soja e óleo de soja representaram respectivamente, 1,97% e 1,92%, e no consumo doméstico obteve uma taxa geométrica de crescimento de 3,91%. Por fim, o modelo econométrico de taxa de crescimento permitiu analisar o cenário de exportações de Brasil e Argentina e concluir que nas últimas décadas a Argentina se destacou pelo aumento nas exportações de farelo e óleo de soja, enquanto o Brasil pelo aumento nas exportações de soja em grãos, o que evidencia trajetórias de exportação antagônicas.
O objetivo deste trabalho foi o de mensurar a influência da taxa de câmbio e da renda externa sobre as exportações de produtos básicos do Estado do Rio Grande do Sul (RS) para o período de janeiro de 2001 a outubro de 2018. Os dados foram coletados no site IPEADATA e no site Internacional Financial Statistics do Fundo Monetário Internacional (FMI/IFS). Para tanto, utilizou-se o Modelo Vetorial de Correção de Erros (VECM). Os resultados indicaram que a elasticidade da renda externa é muito superior à elasticidade da taxa de câmbio, inferindo-se que as exportações gaúchas de produtos básicos respondem melhor a uma variação na renda externa do que à da taxa de câmbio. Assim, o crescimento da renda mundial e, consequentemente, o aumento da demanda fazem com que as exportações não sejam tão dependentes da taxa de câmbio.
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