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Background: Delayed food anaphylaxis upon consumption of red meat is attributed to specific IgE-antibodies directed to galactose-α-1,3-galactose (α-Gal). Anaphylactic reactions may occur after ingestion of meat from different mammals, mainly beef and pork, but reactions to lamb, rabbit or horse have also been reported. In particular, pork kidney has been shown to trigger symptoms that were more severe and occurred within a shorter delay. The objective of the present study was the identification and characterization of pork kidney proteins carrying α-Gal carbohydrates and mediating delayed allergic reactions through specific IgE to α-Gal. Materials and methods: A cohort of 59 patients with specific IgE to α-Gal was screened by immunoblot for IgE-reactive proteins in pork kidney extract. Proteins were purified by affinity chromatography and identified by Edman sequencing and peptide mass fingerprinting. Isolated proteins were used in immunoassays using patient sera and α-Gal specific antibodies. Allergenicity was assayed in basophil activation and skin prick test. Results: Multiple IgE-binding proteins were detected in protein extracts of pork kidney by immunoblot using patient sera and an anti-α-Gal antibody. Reactive bands were located in the high molecular weight range of 100 to ≥200 kDa. Two major IgE-binding proteins were identified as porcine angiotensin I converting enzyme (ACE I) and aminopeptidase N (AP-N). IgE-binding to both proteins was lost by periodate treatment, resulting in oxidation of carbohydrates. Addition of α-Gal inhibited IgE-reactivity to both peptidases. Allergenicity was confirmed by activation of patient basophils and positive skin prick tests. Conclusions: Two IgE-reactive cell membrane peptidases carrying α-Gal epitopes were identified in pork kidney, a tissue which is known as potent inducer of red meat-induced anaphylaxis. Allergenicity and clinical relevance of these proteins were confirmed in patients with delayed anaphylaxis to red meat by skin prick test and basophil activation.

Biomarcadores de sensibilização primária e reatividade cruzada em doentes alérgicos a veneno de himenópteros Biomarkers of primary sensitization and cross-reactivity in patients allergic to Hymenoptera venom RESUMO Introdução: A maioria dos doentes com alergia à picada de himenópteros apresenta dupla positividade (testes cutâneos-TC/IgE específica-sIgE) para veneno de abelha (A), vespa (V) e Polistes (P), constituindo um problema quer no diagnóstico quer na seleção para imunoterapia específica (IT). Objetivo: Caraterização do perfil de sensibilização de doentes alérgicos à picada de himenópteros, através da utilização de alergénios recombinantes, fosfolipases, hialuronidases e determinantes dos carboidratos para distinguir dupla sensibilização de reatividade cruzada. Avaliação da contribuição do teste de ativação de basófilos (TAB) no diagnóstico. Métodos: Foram incluídos 124 doentes com história de reação sistémica (RS), não submetidos a IT, e um grupo-controlo de 30 indivíduos sem história de reação.Os TC foram realizados com extratos comerciais (EC) de veneno, assim como determinação de sIgE sérica. Doseou-se também sIgE para recombinantes, Api m1, Ves v5, Ves v1, Pol d5 e CCD. Em doentes com TC/sIgE negativos, foi realizado o TAB em seis concentrações. Resultados: Baseada na sIgE, 66 doentes (53%) encontravam-se polissensibilizados e 38 doentes (31%) monossensibilizados. Em 20 doentes (16%) os TC/sIgE foram negativos. Dos 66 doentes polissensibilizados, 32 (49%) apresentavam dupla sensibilização, 23 (35%) reatividade cruzada e 11 (16%) sIgE negativa para recombinantes. A sIgE para CCD foi positiva em 25 doentes, todos com dupla sensibilização com EC, demonstrando reatividade cruzada em 23. Os 20 doentes com TC/sIgE negativos apresentaram sIgE negativa para os recombinantes. A especificidade para os quatro componentes moleculares foi elevada. O TAB foi realizado em 5 doentes, sendo posi-R e v P o r t I m u n o a l e r g o l o g i a 2 0 1 9 ; 2 7 ( 2 ) : 1 0 5 -1 1 4 Data de receção / A s picadas de insetos desencadeiam, na maioria dos casos, reações locais devido à toxicidade do veneno. No entanto, está descrito que cerca de 3,5% da população em geral tem história de reação sistémica (RS), incluindo anfilaxia 1 . A imunoterapia (IT) é considerada um tratamento altamente eficaz na prevenção de reações graves em doentes alérgicos ao veneno de himenópteros, mas requer um diagnóstico cuidadoso que visa identificar não só a alergia mas também o inseto responsável 1,2 . Porém, o diagnóstico, que se baseia na história clínica, testes cutâneos (TC) e na quantificação de anticorpos IgE específicas séricas tivo em 3 para veneno (A). Conclusão: Os alergénios recombinantes para veneno (A) e (V) complementam o diagnóstico de alergia à picada de himenópteros, permitindo distinguir dupla sensibilização de reatividade cruzada e uma melhor seleção de doentes para IT. O TAB poderá ser um contributo importante em casos de difícil diagnóstico. Palavras-chave: Alergia a veneno de himenópteros, alergénios recombinantes, dupla sensi...

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