O câncer de colo uterino, uma das neoplasias mais comuns em mulheres, apresenta metástases em cerca de 13% dos casos no momento do diagnóstico, localizadas mais comumente em pulmão e fígado. Nesses casos, não há consenso sobre o tratamento de primeira linha, devendo-se considerar a apresentação clínica da paciente, sendo mais habitualmente utilizada a quimioterapia. É de conhecimento médico que implantes secundários de câncer colorretal e de tumores neuroendócrinos primários podem ser ressecados com segurança promovendo aumento de sobrevida do paciente. No entanto, novos estudos ainda estão sendo desenvolvidos sobre a alteração de mortalidade em casos de metástases secundárias à câncer de colo uterino. O objetivo desse artigo é relatar o caso de uma paciente com câncer cervical estadiamento IB que evoluiu com implantes pulmonares secundários sendo submetida a metastasectomia pulmonar em 2 tempos com quimioterapia adjuvante e, posteriormente, com metástases hepáticas sendo realizada segmentectomia hepática por intolerância à quimioterapia, e posterior reincidências dos nódulos hepáticos.
Os tumores marrons são entidades que costumam refletir um distúrbio endócrino subjacente relacionado ao paratormônio (PTH), seja por uma hipersecreção resultante adenoma (ou, mais raramente, hiperplasia ou carcinoma de paratireoides) ou secundária a doença renal crônica. Os casos secundários a doença renal (hiperparatireoidismo secundário) tem incidência entre 1,5 a 13%, tendo como mecanismo a hipersecreção de PTH resultante da queda de 1,25-dihidroxivitamina D como tentativa de manter a homeostase do cálcio. Os tumores marrons acometem principalmente fêmur, pelve, clavículas e mandíbula, com predileção por ossos longos, e, raramente, em região maxilar (0,1% dos casos). O tratamento se baseia no controle clínico farmacológico e dietético da doença mineral óssea, podendo necessitar de ressecção cirúrgica das paratireoides e até do tumor marrom, se não houver regressão. A síndrome de Alport é de herança predominantemente ligada ao X, consistindo em nefrite, hipoacusia neurossensorial e alterações oculares. A progressão do acometimento renal para doença renal em estágio terminal é a regra. Neste artigo, relatamos o caso de um paciente de 31 anos com doença renal crônica, portador de síndrome de Alport, que apresentava tumor marrom em região maxilar resultante de hiperparatireoidismo terciário.
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