Atos de Currículo se constituem como toda e qualquer ação curricular planejada e desenvolvida pelos atores educacionais. Na Educação Física, estes vem sendo motivados e influenciados pelas teorias curriculares tradicionais, crítica e pós-critica. Este trabalho surge a partir das inquietações pautadas em quais teorias curriculares estão vinculados os Atos de Currículo na Educação Física escolar no ensino fundamental II em escolas da Bahia e Sergipe. Objetivamos analisar os planos de ensino da disciplina Educação Física, buscando vestígios das correntes teóricas. A metodologia caracterizada como pesquisa de abordagem qualitativa do tipo documental. Analisamos o conteúdo por categoria. O objeto de estudo foram os planos de ensino de dois professores (P1 e P2), do 6º e 9º ano de duas escolas (E1 e E2). Os resultados apontam certa dificuldade na organização dos planos. Ambos apontam para a repetição dos esportes coletivos como temas dominantes, pautados principalmente em concepções tradicionais do currículo. Concernindo à Educação Física escolar um papel reducionista de fomentar corpos biologicamente harmoniosos para o lazer, o trabalho e a aprendizagem de outros conhecimentos. Outro traço é a falta de progressão dos conteúdos a serem ensinados.
Aprender não é um ato simples, por esta razão o estudo da aprendizagem do movimento e da técnica a partir da plasticidade neural e da cultura representa uma análise mais complexa do estudo de como acontece esse fenômeno. Levantamos questões como: qual a influência da cultura na aprendizagem da técnica? Como a cultura interfere no processo de plasticidade neural? Qual a relação destes fatores na aprendizagem da técnica durante a infância? Foi feito um levantamento bibliográfico a partir da Neurociência, Sociologia, Antropologia e a Educação Física. Objetivamos relacionar a aprendizagem da técnica a partir da plasticidade neural e a influência da cultura nesse processo. A partir das bases teóricas sobre aprendizagem via plasticidade neural e sua relação com a cultura ainda na infância, balizamos a discussão no antropólogo francês Marcel Mauss. A revisão está dividida em três tópicos: o primeiro explicita a aprendizagem a partir da plasticidade neural; no segundo, relacionamos o ato de aprender aos aspectos da cultura; e, no último, tomamos como base o conceito de tradição cultural de Marcel Mauss aplicado a educação infantil. Consideramos que na infância ocorre com veemência a maturação do sistema nervoso possibilitando que a plasticidade esteja em efervescência. Aspectos da cultura são fenômenos determinantes, é neste momento que a criança estabelece contato com a escola, família, religião, mídia, dentre outros. Por tanto, a importância da tradição cultural, influenciando na transmissão de conhecimento, principalmente nesta fase, parece ocorrer por meio da mimese social. Uma vez que é um processo de retroalimentação, que ocorre de forma harmônica e dinâmica, e que torna cada aprendizagem singular e cultural ao mesmo tempo. Desta forma, concluímos que a cultura é dinâmica e parece influenciar diretamente na plasticidade neural. Sendo, portanto, necessário considerar os indivíduos como produtores e produtos desta dinâmica, uma vez que estão em constante deslocamento.
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