O presente artigo tem como objetivo analisar e compreender a evolução do vínculo entre homem, rio e cidade, levando em consideração a relevância histórica, paisagística, econômica e cultural dessa relação no decorrer dos séculos, até a ruptura nos tempos atuais, com a finalidade de compreender se é possível que cidades como Cachoeiro de Itapemirim/ES continuem se desenvolvendo ignorando essa ligação. Com base qualitativa a pesquisa é fundamentada em consulta bibliográfica e de pesquisas realizadas in loco, estudos de caso, análise de fotografias aéreas, juntamente a levantamentos fotográficos. Contatou-se que é de fato possível e necessário reestabelecer a relação de proximidade entre rio e cidade e que a relação de pertencimento se dá de forma em que as cidades pertençam aos rios e não o contrário como é exposto.
ResumoEste artigo busca identificar a relação do Plano de Urbanização da Praia do Suá, desenvolvido pela Companhia de Melhoramentos e Desenvolvimento Urbano (COMDUSA), com a paisagem. Tal Plano foi apresentado na década de 1970 e culminou, a partir de um aterro, no bairro Enseada do Suá, em Vitória, ES. Esse aterro foi um entre vários realizados na cidade desde o final do século XIX, que alteraram a configuração litorânea, afastaram o mar e modificaram hábitos sociais e atividades econômicas. O objetivo geral é apresentar considerações acerca da paisagem e da relação da mesma com o processo de urbanização de Vitória. As fontes se constituíram de documentos originais, estudos técnicos, legislações urbanísticas, fotografias e entrevistas com pessoas chave. Buscou-se analisar o discurso apresentado pela COMDUSA com enfoque no tema paisagem, com a apresentação dos usos e dos índices urbanísticos propostos inicialmente para a área e as modificações ao longo dos anos. A paisagem que antes era composta por mar, montanhas e ilhas, passou a ser composta por mar, montanhas, vias, residências e edifícios de múl-tiplos andares, configurando uma paisagem contemporânea totalmente contraposta à de quarenta anos atrás, predominantemente natural e também, distinta do Plano.Palavras-Chave: Aterro; Paisagem urbana; Produção do espaço urbano; Imagem da cidade. AbstractThis article seeks to identify the interaction of the Urban Plan of Praia do Suá, developed by the Companhia de Melhoramentos e Desenvolvimento Urbano (COMDUSA), with the landscape. This Plan was introduced in the 70s and it culminated from a landfill, in the neighborhood Enseada do Suá, in Vitória, ES. This landfill was one of several fulfilled in the city since late IXI century, which changed the coastal setting, away from the sea and modified social habits and economic activities. The main objective is to present consideration about the landscape and it is interaction with the urbanization process of Vitória. The sources were original documents, technical studies, urban planning legislation, photographs and interviews with specific people. It was sought to analyze the speech presented by COMDUSA focusing on landscape theme, with the presentation of the uses and urban indices initially proposed for the area and the change over the years. The landscape was previously composed of sea, mountains and islands, is now composed of sea, mountains, roads, residence and buildings multistory, setting a contemporary landscape totally opposed to forty years ago, predominantly natural and also, distinct from the Plan.
Esta pesquisa apresenta parte de um estudo acerca da habitação do Município de Manhuaçu-MG, um dos elementos que compõem a avaliação base para a revisão do Plano Diretor do município (em andamento). Tendo em vista o crescimento acelerado do processo de urbanização das cidades brasileiras, principalmente a partir da segunda metade do Séc. XX, diversos polos se formaram, entre eles em Manhuaçu, que atende cerca de trinta municípios da região. A partir de pesquisas na Prefeitura do município e consulta de dados estatísticos, o estudo apresenta situação de alerta para a habitação no município, principalmente se tratando de habitação social.
O crescimento urbano em cidades de pequeno porte tem, recentemente, se tornado alvo de pesquisas devido às transformações que esses espaços sofrem de forma espontânea. Das razões que impulsionam esse desenvolvimento despretensioso pode-se pontuar as ambições individualistas das gestões públicas e da população que, na maioria das vezes, não conhecem ou menosprezam desde as legislações municipais até as federais. Por esta razão, o presente estudo discorre sobre a postura das administrações públicas nos dias atuais ante as políticas públicas de planejamento urbano e a que possíveis consequências estão acometidas ao desvalorizar essas diretrizes. Para tais análises, foi estruturado um levantamento de dados tais como análises fotográficas e das legislações competentes, criação de mapas e ainda visita in loco na cidade de Martins Soares-MG, objeto central da pesquisa, de forma a evidenciar sua estrutura e dinâmica urbana, identificando a satisfatoriedade da adoção ou não de planos para seu correto ordenamento territorial, bem como ser instrumento de conscientização de seus habitantes. Da avaliação das análises, constatou-se que, além da não implantação do Plano Diretor, o não cumprimento e a falta de fiscalização das legislações municipais já existentes resultou e pode ainda acentuar as inadequadas situações que a cidade apresenta.
A partir da segunda metade do século XIX grandes cidades no Brasil e o no mundo sofreram fortes intervenções em seu espaço urbano, modelado pelo capitalismo. Esse processo também pôde ser percebido na cidade de Vitória (ES), principalmente a partir da segunda metade do século XX, quando da transição do centro da cidade para outras regiões. Este artigo explana sobre as características dos antigos centros urbanos das grandes cidades, como também de Vitória, discutindo sobre os elementos arquitetônicos simbólicos, signos e linguagens característicos e os compara com os novos centros urbanos. A partir de pesquisas bibliográficas e visitas in loco para levantamento de dados das regiões estudadas, essa alegoria tem como objetivo compreender quais as simbologias do centro histórico da cidade e quais os novos elementos que vêm surgindo na transição desse espaço e que agora o configuram, ou seja, quais as novas imagens produzidas, seus signos e suas mensagens. Conclui-se que o centro histórico de Vitória possui valor afetivo e simbólico, porém há uma crescente valorização da imagem de uma paisagem homogeneizada característica do mundo moderno, encontrada no novo centro da cidade, com inexistência de um simbolismo particular, individual, diante de paisagens globalizadas.
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