A imagem fotográfica, desde o início de sua utilização, é aceita pelo censo comum, e em parte, também, pelo meio técnico-científico, como imagem da realidade. Contudo, seu processo criativo é pautado em ações que podem gerar ambiguidades. Este artigo vincula-se à pesquisa sobre a transformação da paisagem contemporânea, focada no município de Anchieta como nova fronteira metropolitana ao sul da Grande Vitória, Espírito Santo, no sudeste do Brasil e tem como objetivo avaliar o potencial da utilização da fotografia nos estudos relacionados à paisagem. A metodologia envolveu revisão bibliográfica acerca do emprego da fotografia como expressão da realidade e sua utilização em trabalhos técnico-científicos. Através de identificação de fotografias de Anchieta em comparação com estudos históricos e de evolução da ocupação do município, concluiu-se que, embora sejam sujeitas a questões relacionadas à veracidade ou confiabilidade, as fotografias são capazes de remontar a história da transformação da paisagem de forma eficaz.
Resumo O objetivo deste artigo é contribuir para a periodização do estudo sobre a forma urbana no estado do Espírito Santo, mais especificamente a partir do ponto de vista dos pesquisadores vinculados à Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), na qual se sedia, desde 1979, o curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo. Na primeira parte do texto, sugere-se a existência de três períodos de ensino e pesquisa em Morfologia Urbana, quais sejam: os primeiros anos, a consolidação com formação de redes e a difusão. Ao final do artigo, relatam-se as experiências mais atuais e as perspectivas futuras que estão alinhavadas com toda a formação precedente.
RESUMOEste artigo busca apresentar determinada experiência no campo da pesquisa acerca da temática relacionada à paisagem urbana, tendo como objeto de estudo a cidade de Vitória. O percurso descrito inicia-se no âmbito da atividade profissional, passando pelo ensino antes de atingir a pesquisa. A problematização é motivada pelo intenso ritmo de urbanização vivenciado pela capital capixaba nas últimas décadas e a conseqüente perda de visibilidade dos referenciais paisagísticos em função do porte das edificações e de sua forma de implantação. A vertente atual alcançada pela pesquisa abrange estudo sobre os espaços públicos, abordando análise qualitativa desses ambientes, bem como a capacidade de agregação social.Palavras-chave: Paisagem, espaço público, cidadania. ABSTRACT -IntroduçãoA experiência aqui exposta evoluiu a partir do objetivo de contribuir para orientar a ocupação urbana, tendo como premissa a manutenção dos referenciais da paisagem e como revés a intensidade do processo de urbanização em curso nas cidades brasileiras. Este processo de ocupação acompanhou ao longo do século XX, sobretudo em sua segunda metade, a passagem de um Brasil dito rural para uma situação predominantemente urbana. Diversas cidades de médio e grande porte passaram então, por um ritmo intenso de crescimento, ampliando suas periferias, consolidando contextos de conurbação e assimilando, em localizações selecionadas de seus territórios, processo concentrado de verticalização de construções. Todas estas formas de crescimento ou adensamento além de ampliar as demandas por infra-estrutura de toda a ordem, vem ocorrendo à custa de fortes impactos sociais e ambientais. No âmbito destes últimos, este estudo partiu do interesse de tratar dos impactos sobre a paisagem, enfocando especificamente a gradativa perda das referências paisagísticas, ocasionada pela obstrução da visibilidade destas referências, gerada pela implantação e/ou pelo porte das construções no entorno das mesmas. Um panorama desta pesquisa, de seus desdobramentos, até seu estágio atual, envolvendo a qualidade dos espaços públicos, é o que pretende-se apresentar Paisagem Paisagem Ambiente: ensaios -n. 23 -São Paulo -p. 264 -272 -2007
ResumoEste artigo busca identificar a relação do Plano de Urbanização da Praia do Suá, desenvolvido pela Companhia de Melhoramentos e Desenvolvimento Urbano (COMDUSA), com a paisagem. Tal Plano foi apresentado na década de 1970 e culminou, a partir de um aterro, no bairro Enseada do Suá, em Vitória, ES. Esse aterro foi um entre vários realizados na cidade desde o final do século XIX, que alteraram a configuração litorânea, afastaram o mar e modificaram hábitos sociais e atividades econômicas. O objetivo geral é apresentar considerações acerca da paisagem e da relação da mesma com o processo de urbanização de Vitória. As fontes se constituíram de documentos originais, estudos técnicos, legislações urbanísticas, fotografias e entrevistas com pessoas chave. Buscou-se analisar o discurso apresentado pela COMDUSA com enfoque no tema paisagem, com a apresentação dos usos e dos índices urbanísticos propostos inicialmente para a área e as modificações ao longo dos anos. A paisagem que antes era composta por mar, montanhas e ilhas, passou a ser composta por mar, montanhas, vias, residências e edifícios de múl-tiplos andares, configurando uma paisagem contemporânea totalmente contraposta à de quarenta anos atrás, predominantemente natural e também, distinta do Plano.Palavras-Chave: Aterro; Paisagem urbana; Produção do espaço urbano; Imagem da cidade. AbstractThis article seeks to identify the interaction of the Urban Plan of Praia do Suá, developed by the Companhia de Melhoramentos e Desenvolvimento Urbano (COMDUSA), with the landscape. This Plan was introduced in the 70s and it culminated from a landfill, in the neighborhood Enseada do Suá, in Vitória, ES. This landfill was one of several fulfilled in the city since late IXI century, which changed the coastal setting, away from the sea and modified social habits and economic activities. The main objective is to present consideration about the landscape and it is interaction with the urbanization process of Vitória. The sources were original documents, technical studies, urban planning legislation, photographs and interviews with specific people. It was sought to analyze the speech presented by COMDUSA focusing on landscape theme, with the presentation of the uses and urban indices initially proposed for the area and the change over the years. The landscape was previously composed of sea, mountains and islands, is now composed of sea, mountains, roads, residence and buildings multistory, setting a contemporary landscape totally opposed to forty years ago, predominantly natural and also, distinct from the Plan.
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