Este artigo constitui uma narrativa sobre o percurso de dimensionamento da força de trabalho de uma instituição pública referência para atenção à saúde no sul do país, durante o período pandêmico, com os impactos, deslocamentos e invenções possíveis a partir do encontro com o inóspito contexto trazido pela COVID-19. O minucioso planejamento realizado para a tarefa de dimensionar a força de trabalho em saúde, previamente à eclosão da pandemia, estruturava-se em etapas predefinidas e, a partir das experiências anteriores, buscava avaliar o todo da instituição, considerando também outros cenários pesquisados. A pandemia provocou uma mudança de cenário tão drástica que demarcou indelevelmente o quão volátil é o terreno do trabalho em saúde, emaranhando as linhas preestabelecidas e desafiando profissionais a reinventar um modo possível de dimensionar em terreno tão incerto. Frente a este atravessamento, foi preciso desfiar e (re)tecer seu planejamento à realidade que se impunha, criando novos processos e buscando estudar, de modo adaptado, as demandas de cada serviço.
122 ¹Bacharel (PUCRS) e Licenciado (UFRGS) em Psicologia, especialista em Práticas Pedagógicas em Serviços de Saúde (UFRGS) e Residência em Saúde da Família e Comunidade (GHC). Mestrando em Ciências da Saúde (UFCSPA). Atua como Técnico em Educação no GHC. Contribuição de autoria: Planejamento da pesquisa, coleta dos dados, análise dos dados, organização e revisão do texto.
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