Carolina Gasperin ae RESUMO. O estudo descreve, interpreta e discute aspectos comunicativos presentes na relação médico-paciente no atendimento de adolescentes portadores de doenças orgânicas crônicas. Foram entrevistados 15 médicos (generalistas e especialistas), 18 adolescentes portadores de doenças crônicas (13 com fibrose cística e cinco com outras doenças), 16 mães, e dois pais. As entrevistas semi-estruturadas foram gravadas, transcritas e analisadas segundo os três passos característicos da análise fenomenológica: descrição qualitativa, indução lógica e interpretação. Os resultados discutem as dificuldades da comunicação de más notícias e as implicações de equívocos nestes procedimentos que podem vir a prejudicar a adesão ao tratamento. As conclusões ressaltam o papel do psicólogo na equipe de saúde, oportunizando melhores condições para o desenvolvimento psicológico destes pacientes, auxiliando na comunicação médico-paciente e favorecendo a adesão ao tratamento. Palavras-chave: Relação médico-paciente, doença orgânica crônica, adolescência.
O objetivo do estudo foi analisar as trajetórias de trabalhadores da saúde com longo vínculo de trabalho a um hospital público. Trata-se de um estudo de caso do tipo único holístico, com abordagem qualitativa. Foram realizadas entrevistas abertas (gravadas em áudio e transcritas) com doze trabalhadores que atuavam entre 31 a 35 anos na instituição do Sistema Único de Saúde analisada. Os vínculos ao trabalho construídos nas trajetórias dos trabalhadores assumem diferentes sentidos: de contratuais, aos serviços e equipes, passando pelos vínculos aos modelos de saúde preconizados. Nas análises discursivas, o aproveitamento das competências para o trabalho dos trabalhadores de longo vínculo ocorre pelo reconhecimento de seus conhecimentos tácitos. O longo tempo de vínculo ao trabalho produz um agir na saúde coletiva nutrido pelas relações estabelecidas entre trabalho, vida pessoal e vida coletiva no trabalho. Práticas de gestão da idade com o eixo na Educação Permanente em Saúde valorizam as subjetividades dos trabalhadores e construções coletivas nas histórias no trabalho no Sistema Único de Saúde.
Nos preceitos teóricos da Ergologia, que estuda as relações entre a experiência e o conhecimento em situações reais de trabalho, problematiza-se sobre o modo como ocorre o trabalho de trabalhadores com longo vínculo no trabalho na saúde e suas possíveis relações com novas tecnologias educacionais para o apoio da gestão. O longo vínculo de trabalho, a temporalidade no trabalho, é entendida como o movimento de duração. O objetivo principal foi analisar como trabalhadores, com longo de vínculo de trabalho, em uma instituição de saúde, desenvolvem suas práticas profissionais diante da temporalidade que experienciam no trabalho. Trata-se de um estudo de caso do tipo único e holístico com abordagem qualitativa. Participaram doze trabalhadores que atuam entre 31 a 35 anos no Grupo Hospitalar Conceição (Porto Alegre/RS), cenário do estudo. Entre os meses de junho a setembro de 2018, foram realizadas entrevistas abertas (gravadas em áudio e transcritas), guiadas por um roteiro com categorias temáticas: história do percurso da vida no trabalho, aproveitamento dos conhecimentos tácitos, Educação Permanente em Saúde e futuro no trabalho. Na análise textual discursiva, a temporalidade vivenciada no trabalho produz o agir na saúde coletiva, nutrido pelas relações estabelecidas em um trinômio, entre trabalho, vida pessoal e vida coletiva no trabalho. A experiência da temporalidade no trabalho compreende o aproveitamento e a valorização dos conhecimentos tácitos instituídos pelos trabalhadores. A Educação Permanente em Saúde, no sentido de um ergoengajamento e articulada a um projeto político-pedagógico na gestão, relaciona-se com a possibilidade de inovação de tecnologias educacionais que mobilizem o agir profissional e valorizem competências subjetivas e construções coletivas no trabalho.
Este artigo constitui uma narrativa sobre o percurso de dimensionamento da força de trabalho de uma instituição pública referência para atenção à saúde no sul do país, durante o período pandêmico, com os impactos, deslocamentos e invenções possíveis a partir do encontro com o inóspito contexto trazido pela COVID-19. O minucioso planejamento realizado para a tarefa de dimensionar a força de trabalho em saúde, previamente à eclosão da pandemia, estruturava-se em etapas predefinidas e, a partir das experiências anteriores, buscava avaliar o todo da instituição, considerando também outros cenários pesquisados. A pandemia provocou uma mudança de cenário tão drástica que demarcou indelevelmente o quão volátil é o terreno do trabalho em saúde, emaranhando as linhas preestabelecidas e desafiando profissionais a reinventar um modo possível de dimensionar em terreno tão incerto. Frente a este atravessamento, foi preciso desfiar e (re)tecer seu planejamento à realidade que se impunha, criando novos processos e buscando estudar, de modo adaptado, as demandas de cada serviço.
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