This article provides an exploratory analysis of the life narratives of migrants in the Portuguese-speaking world. By interweaving the life experiences of eight participants in three thematic clusters -'shared past', language and sense of communitywe propose a critique of the deep-seated idea of the Lusophone space as a community constructed by the harmonious conviviality of different countries and people. Drawing on contributions from cultural studies, social psychology, anthropology and sociology, we first aim to give voice to the human subjects who embark on migrations and then to understand how the engendered process of identity construction is framed by their social world, simultaneously reframing it. Thus, we aim at shedding light on the ways in which aspects of the political discourses on Lusophony are used (and are instrumental) to the migrants' identity narrative (re)construction.
Este artigo tem como objetivo discutir os discursos da identidade nacional dos museus monumentais contemporâneos em países de língua portuguesa, mais precisamente no Brasil e em Portugal. Para tanto, propõe-se a (re)formular os modos de classificação dos museus com enfoque nas características institucionais dos museus e das exposições de longa duração. Adverte-se que a classificação de museus proposta neste artigo não é definitiva nem fixa. Trata-se, antes, de um exercício hermenêutico que visa deslindar as mudanças e acomodações nos discursos de identidade nacional presentes em diversas esferas das instituições museológicas. Assim, sustenta-se a ideia de que apesar de os museus serem instituições em constante evolução, capazes de se adaptar aos novos tempos, reinventar, e contribuir para a (re)criação das sociedades, eles também mantêm performances e discursos que reforçam as relações de poder nas representações nacionais. Fundamentalmente, os museus estão sempre negociando com representações e discursos nacionais hegemônicos. A natureza em constante transformação dos museus foi estudada a partir de uma ampla gama de perspectivas resultando em diferentes modos de interpretação e interrelação das suas complexas características. No entanto, em ambos os países, a revisão crítica dos aspectos culturais, sociais e políticos do lusotropicalismo não tem sido explorada em profundidade como um recorte de análise dos legados coloniais dos museus e suas exposições. Assim, propõem-se tipos de monumentalidade em três museus de língua portuguesa, primeiro articulando a revisão da literatura sobre lusotropicalismo e Museologia Crítica, para depois relatar parte da investigação etnográfica realizada em 2015.
A popularização das novas tecnologias entre os jovens é ambivalente: se, por um lado, permite maior intensidade de comunicação e interação entre as pessoas, por outro, reproduz e cria novas formas de violência. Esteados por um sólido corpo teórico de estudos de violência em ambiente escolar, propomo-nos a explorar a violência cometida por jovens contra os seus professores, utilizando as postagens públicas da rede social Twitter. Desta forma, tencionamos analisar os principais conteúdos de mensagens propagadoras de violência, abrindo caminho para futuros aprofundamentos da teoria pautados em dados empíricos. A coleta dos dados foi realizada por meios eletrônicos e automatizados, e a análise das mensagens foi executada com base na análise de conteúdo, bem como, em princípios da análise das redes sociais. Este artigo não possuiu a pretensão de escrutinar a violência escolar na internet, suas causas e consequências, mas sim, identificar os seus elementos geradores, compreendendo de que modo se manifesta na rede social selecionada, e que hipóteses o seu conteúdo suscita sobre a relação professor/aluno. Desta forma, cotejamos os dados empíricos coletados com as pesquisas sobre a violência na escola e depreendemos que as mensagens violentas no Twitter dirigidas a professores consistem em atos de vinganças dos alunos devido ao não estabelecimento de boas relações em sala de aula e à própria violência implícita no ato educativo.
A pandemia de Covid-19 alterou significativamente nossas relações pessoais, profissionais e acadêmicas e as interações delas advindas. Este artigo tenciona refletir sobre o nosso processo de pesquisa, contribuindo para a discussão teórico-metodológica sobre os estudos de autoetnografia à luz da Teoria Ator-Rede (TAR). A pergunta que norteia este artigo é: como fazer uma autoetnografia a partir da perspectiva da TAR? A nossa abordagem autoetnográfica se reconfigurou quando alinhada à TAR, que permite uma resposta às críticas ao subjetivismo e à auto-indulgência da trajetória pessoal das pesquisadoras no estudo. Ao seguirmos um viés colaborativo no uso da metodologia, foi possível construir um relato permeado pelas similaridades e diferenças dos olhares sobre as instáveis e complexas redes sociotécnicas que constituem o nosso estudo. O escrutínio das experiências relatadas no diário de bordo sob as lentes da teoria conduziu a uma compreensão de formas de agência que ultrapassam, se opõem, resistem ou surpreendem as expectativas nelas depositadas. Por exemplo, o Comitê de Ética em Pesquisa, antes compreendido apenas como um intermediário no processo de execução da pesquisa, passou a ser visto como um ator, cujas ações demandaram reações. Ou mesmo, um computador, que entendíamos apenas como um intermediário no processo de aprendizagem ou na execução de um trabalho, passou a ser percebido como um elemento essencial na rede sociotécnica, em que o mau funcionamento resultou na necessidade de ações não previstas no percurso da pesquisa.
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