Resumo: Introdução: A educação médica nas últimas décadas caminhou para um entendimento da importância de que os futuros profissionais sejam submetidos à aprendizagem em cenários de práticas o mais cedo possível dentro da graduação médica. Objetivo: Tendo em vista esse cenário diferenciado, o estudo dedicou-se a realizar uma avaliação pelos pacientes dos atendimentos em ambulatório do SUS realizados por estudantes de Medicina de diversos períodos, sob supervisão de preceptores médicos. Método: Foi realizado estudo transversal e descritivo por meio da aplicação de 200 questionários autopreenchidos. Resultado: A maior parte dos pacientes entrevistados relatou que foi informada previamente desse tipo de atendimento, que houve solicitação de consentimento e que os estudantes foram respeitosos e educados. Por conta disso, os pacientes sentiram-se satisfeitos em contribuir para o aprendizado dos estudantes e receberam mais explicações do seu estado de saúde. Tudo isso resultou em uma taxa de 98,5% de satisfação dos pacientes com o atendimento recebido. Em relação à duração do atendimento, houve relação entre a percepção de inadequação do tempo, a ausência do pedido de consentimento e a baixa escolaridade. Alguns pacientes mencionaram situações de incômodo, constrangimento ou desrespeito. Conclusão: A pesquisa demonstrou que a maioria dos pacientes entrevistados se sentiu satisfeita com o atendimento recebido pelos estudantes, o que comprova que esse tipo de metodologia de ensino tem sido bem recebido pela população. O estudo também evidenciou alguns aspectos que precisam ser melhorados, revelando necessidade de ações por meio da coordenação para aperfeiçoar esse importante método de ensino e o serviço de saúde ofertado à população.

Objetivo: Verificar as evidências científicas dos principais tratamentos para a redução da resistência insulínica (RI) em crianças e adolescentes obesos ou com sobrepeso. Métodos: Realizou-se uma revisão sistemática advinda da busca de artigos, publicados entre 1 de janeiro de 2000 e 1 de junho de 2021, nas bases de dados PubMed, MEDLINE, Cochrane Library, Embase e LILACS, utilizando os seguintes descritores: insulin resistance, child, adolescent, treatment, obesity, overweight e adults. Os artigos foram analisados por dupla de revisores e a qualidade metodológica dos artigos foi avaliada com base nos itens de verificação da estratégia CONSORT.  Resultados: Foram encontrados 1156 artigos, restando 20 estudos, após análise e submissão aos critérios de inclusão e exclusão. Destes, 10 compararam o uso de metformina ao de placebo, 2 avaliavam o uso de ômega-3, 1 estudou o uso da rosiglitazona e 7 verificaram a eficácia de mudanças no estilo de vida. Considerações finais: A metformina apresenta resultados díspares na literatura, ao contrário da mudança no estilo de vida, principalmente a atividade física, que reduziu a RI na maioria dos estudos analisados. O uso de ômega-3 é sugestivo de boa resposta e a rosiglitazona, mesmo que tenha diminuído à RI, foi retirada do mercado brasileiro e europeu.