O envelhecimento bem-sucedido é um processo multidimensional, que envolve aspectos físicos, cognitivos, emocionais e sociais. O presente artigo, de caráter exploratório e descritivo, objetivou investigar percepções de homens idosos quanto às limitações e aos ganhos vinculados ao envelhecimento e aos fatores de proteção da saúde na velhice. Treze homens com idades superiores a 60 anos e níveis diversos de escolaridade responderam a entrevistas semiestruturadas e o conteúdo de suas respostas foi submetido à análise qualitativa. Sete subcategorias emergiram do eixo temático “resultados do envelhecimento”, com destaque para as perdas físicas e os ganhos pessoais favorecidos pelo acúmulo de experiências. No eixo temático “saúde na velhice” foram categorizadas quatro medidas para melhoramento da saúde, com predomínio de respostas referentes à busca por serviços médicos e à adoção de estilo de vida saudável. Os participantes apresentaram uma visão biopsicossocial dos fatores relacionados ao envelhecer bem, embora com ênfase em aspectos biológicos.
No contexto da Atenção Básica à Saúde, ocorrem ações integradas de educação e cuidado a pessoas com doenças crônicas através de ações das equipes de Saúde da Família, o que inclui o trabalho dos agentes comunitários de saúde. Espera-se que esses agentes disponham de conhecimentos e habilidades para favorecer a promoção de saúde e a prevenção e controle de doenças na população atendida. O objetivo do estudo foi investigar o manejo por agentes comunitários de saúde de aspectos psicossociais que influenciam a adesão aos tratamentos de usuários com Hipertensão Arterial e/ou Diabetes Mellitus. Participaram dezesseis agentes comunitários atuantes em um município do estado do Rio de Janeiro, divididos em três grupos focais. Os dados coletados foram categorizados e analisados conforme a Análise de Conteúdo de Bardin. Os resultados mostraram que, para lidar com problemas de adesão, os participantes utilizavam repertório de ação diversificado, estratégico e criativo, voltado tanto para a intervenção direta com os usuários como para a busca de apoio junto a outros profissionais e a familiares. A participação no grupo focal revelou-se uma oportunidade de reflexão e aperfeiçoamento profissional, possibilitando a troca de experiências entre os agentes comunitários e uma maior conscientização sobre a importância de suas práticas.
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