ResumoO estudo dos brejos de altitude configura-se como fundamental para a Geografia do semiárido pernambucano, uma vez que permite resolver questões de valor tanto na sua vertente física, quanto na social. Nos estudos biogeográficos, a distribuição das espécies do bioma cerrado, em Pernambuco, ainda é pouco referida na literatura. O objetivo deste trabalho foi identificar uma possível mancha de cerrado num brejo de altitude entre os municípios de Iatí e Saloá, no Agreste Meridional de Pernambuco. Para tanto, buscou-se identificar as unidades ambientais existentes na área de estudo e o seu padrão climático. Em campo, foram realizadas coletas para a identificação de espécies vegetais e houve o registro fotográfico para a descrição da fisionomia da área de estudo. As espécies de plantas foram coletadas em área de colinas altas, com floresta subcaducifólia sobre Neossolos Quartzarênicos, Argissolos Vermelho-amarelos e Vermelho-escuros, afloramentos de quartzito (50-25-25%), sob clima mesotérmico com chuvas de inverno e com verão quente. Das 13 espécies identificadas, 6 são típicas do bioma cerrado, ocorrendo em áreas de fisionomia arbóreo-arbustiva com altura entre 4 e 6 metros. Assim, pode-se concluir que essa área constitui um núcleo de importância para o estudo da biogeografia do bioma em questão, sobretudo no tangente às suas variações ao longo do tempo geológico recente. Palavras-chave: biogeografia, cerrado, brejo de altitude, inventário florístico, Saloá.
O semiárido nordestino é uma das regiões brasileiras mais desconhecidas, no tocante à diversidade vegetacional, uma vez que são propagadas, injustamente, informações que versam sobre as poucas plantas endêmicas da Caatinga. Entretanto, apesar desse bioma ter sofrido bastante pela ação antrópica, este apresenta uma grande diversidade de tipos vegetacionais, inclusive apresentando disjunções de outros biomas em áreas de exceção, como ocorrem nos brejos de altitude, que de maneira pontual estão presentes na paisagem do semiárido nordestino. Com isso, neste estudo buscou-se realizar uma análise no sentido da diferenciação da cobertura vegetal ao longo de um perfil topográfico, em recorte espacial do agreste meridional pernambucano, compreendendo porções dos municípios de Águas Belas, Iati e Saloá, através das dez parcelas instaladas ao longo desse perfil. A aplicação do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) mostrou a variação dos valores em função da topografia, revelando que nas áreas de depressão, em que se observa uma caatinga mais seca, obteve-se o menor valor do NDVI (0,18). Em contrapartida, nas áreas de relevo mais elevado, onde se desenvolvem matas serranas e o cerrado, foram encontrados os maiores valores (0,49), mostrando, desta forma, a influência da topografia na distribuição da umidade e feições vegetacionais.
ResumoO presente trabalho representa uma proposta de metodologia para o levantamento integrado de unidades de terra (land units) dentro do processo de avaliação de terras (land evaluation), este trabalho adota um sistema classificatório baseado nas técnicas de campo tradicionais dos centros de pesquisa da Europa central e da Ásia. O diferencial destas técnicas é que elas incluem tópicos que permitem o monitoramento e a definição de variações temporais intraanuais para as paisagens. As técnicas de campo foram aplicadas de forma expedita em quatro parcelas na paisagem do Maciço Residual de Poço das Trincheiras, no sertão do Estado de Alagoas. A partir dos dados obtidos foi possível estabelecer um breve reconhecimento da estrutura vertical de alguns geossistemas da área em questão e proceder sua repartição em geohorizontes, que permitiu a definição de seus estados anuais.Palavras-chave: descrição de geossistemas, avaliação de terras, técnicas de campo, Poço das Trincheiras, Alagoas.
O presente trabalho representa uma proposta de metodologia para o levantamento integrado de unidades de terra (land units) dentro do processo de avaliação de terras (land evaluation), este trabalho adota um sistema classificatório baseado nas técnicas de campo tradicionais dos centros de pesquisa da Europa central e da Ásia.
A paisagem semiárida do nordeste brasileiro muitas vezes é descrita como sendo monótona e de baixa diversidade. Contudo, o presente estudo demonstra que através do perfil de paisagem foi possível verificar uma marcante variação na cobertura vegetal, propiciada pela amplitude do gradiente topográfico, e consequente variação climática. Tal variação é traduzida desde uma caatinga típica, portanto mais seca, na porção da Depressão Interplanáltica do Alto Ipanema, passando por uma vegetação de porte mais densa e maior no setor da Cimeira Estrutural Pernambuco-Alagoas, inclusive com a presença de um enclave de cerrado no topo do brejo, município de Saloá. Esta diferenciação de habitats foi comprovada através das análises realizadas em campo, bem como pela identificação de espécies vegetais coletadas na área e levadas para o herbário, sendo possível desta forma, atestar a qual formação pertencia cada espécie.
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