ResumoAs vantagens econômicas e ambientais do método de fabricação de revestimentos cerâmicos por via seca em relação à via úmida, bem como o exemplo de sucesso da sua utilização no Polo de Santa Gertrudes, motivam outras empresas do Brasil e da América do Sul a utilizá-lo. Um dos fatores que contribuíram para o êxito da via seca no Polo de Santa Gertrudes é a argila peculiar dessa região. Dessa forma, um desafio para o uso da tecnologia em outras localidades é a formulação da massa com outras argilas, disponíveis nas proximidades de cada fábrica. Nesse sentido, o trabalho teve como objetivo analisar massas de diferentes regiões do Brasil e América do Sul em comparação com uma massa típica da região de Santa Gertrudes. As massas foram coletadas no silo da prensa e caracterizadas quanto à sua composição química e ao resíduo. Foram confeccionados corpos de prova prensados com umidade e pressão similares aos valores praticados na indústria. Diversos aspectos relevantes para o desempenho das massas foram avaliados, para os corpos de prova crus e após queima até absorção de água de 8%. Diferenças consideráveis foram encontradas entre as massas avaliadas. Algumas dessas diferenças sugerem que empresas instaladas em outras regiões enfrentam dificuldades no processo ou problemas de qualidade do produto menos comuns para as empresas localizadas no Polo de Santa Gertrudes. Apesar disso, para alguns aspectos avaliados, as massas estudadas apresentaram desempenho comparável ou até superior à massa de Santa Gertrudes.Palavras-chave: via seca, argilas, matérias-primas, formulação de massas. IntroduçãoO Brasil é hoje o segundo maior consumidor e produtor de revestimentos cerâmicos do mundo. Uma das principais razões para essa posição de destaque é a fabricação pelo processo (ou rota) denominado via seca, utilizado em cerca de 74% da produção brasileira.Segundo Piva e Pacheco (1), no Polo de Santa Gertrudes, a via seca se consolidou como um processo industrial para a fabricação de revestimentos cerâmicos no final da década de 90. Até então os chamados "lajotões", pisos de 30 x 30 cm que pesavam aproximadamente 30 Kg por m 2 , eram produzidos por um processo praticamente artesanal e queimados em fornos garrafão.Desde então o espetacular crescimento do volume de revestimentos produzidos por esse processo -atualmente cerca de 74% dos revestimentos brasileiros são produzidos por via seca (2) -e o não menos espetacular ganho de qualidade desses produtos tem chamado a atenção dos fabricantes do mundo todo. Dentre as vantagens da via seca, em relação à tradicional via úmida, cabe destacar uma importante redução do consumo de energia térmica (~40%) (3) e menor impacto ambiental (emissão de CO 2 e consumo de água) (4). Além desses fatores, no que se refere às empresas que produzem revestimentos cerâmicos por via seca no Polo de Santa Gertrudes, cabe destacar os elevados índices de produtividade.Em vista das vantagens competitivas da via seca e dos excelentes resultados das empresas que utilizavam esse processo no Polo de Santa Gertrudes...
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