RESUMO:Os discursos moralizantes tem sido a tônica de uma agenda conservadora, no Brasil contemporâneo, como forma de abrir caminho para o conservadorismo político devassar as possibilidades de avanço social e democrático, construídas nos últimos quinze anos. Este cenário causa perplexidade e é grave para qualquer democracia. Profissionais que atuam na educação têm sido acusados de promover a chamada ideologia de gênero e as políticas têm excluído temas referentes às questões de gênero do currículo escolar, contrariando recomendações dos documentos oficiais, como o Plano Nacional de Educação, as Diretrizes Curriculares e os Parâmetros Curriculares Nacionais. Na contramão deste entendimento, grupos formados por representantes de diferentes setores sociais, e em especial, professores/as, estudantes da escola básica e universidades têm agido e reagido para problematizar esta concepção e assegurar o respeito e a valorização da diversidade, em seu sentido mais amplo, reforçando a ideia da escola como espaço legítimo de formação das novas gerações, por meio da adoção de práticas democráticas. Defendemos que as questões sobre gênero e sexualidade já permeiam o cotidiano de estudantes da escola formal, o que é confirmado pelas duas iniciativas desenvolvidas em 2017, que apresentamos: o Grupo PET Conexões de Saberes/Interdisciplinar e o I Colóquio sobre Gênero e Educação. Em tempos de ataque à democracia é urgente a defesa de uma escolarização democrática e igualitária, assumindo-se a natureza plural do espaço da escola e das universidades públicas.
Este texto se propõe a pensar a condição da formação humana a partir das idéias de formação cultural (Bildung) e de semiformação (Halbbildung) em Theodor W. Adorno, procurando-se mostrar a sua produtividade na análise da problemática educacional contemporânea.
RESUMO: Considerando as demandas da sociedade contemporânea, a universidade pública e gratuita enfrenta o desafio de repensar a si própria. Portanto, é preciso tensionar a razão instrumental cristalizada na sociedade, que visa à formação para a produção de bens de consumo em detrimento da formação humana. Ao tratarmos dessas questões, faz-se necessário refletir sobre a autonomia universitária, frente à adequação curricular dos cursos de Licenciaturas ao currículo nacional gestado na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Pensar sob esse prisma nos ajuda a compreender os limites e as possibilidades da universidade em nosso país, especialmente da formação docente. Neste sentido, analisamos o Currículo da Faculdade de Educação da UFF, com ênfase no Componente Curricular Atividades Culturais, cujos resultados demonstram a possibilidade de se criar espaços/tempo de experiências estético-culturais críticoemancipadoras que possibilitem a formação que prioriza o Ser em detrimento do Ter.
PALAVRAS-CHAVE:Universidade pública. Autonomia universitária. Formação docente. Currículo. Formação cultural.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.