RESUMOObjetivo: comparar a percepção e a produção do traço de sonoridade de dois sujeitos, um em aquisição normal e outro com transtorno fonológico, e analisar as metodologias acústica e perceptual de investigação do traço [+ sonoro]. Procedimentos: um instrumento contendo pares mínimos com oposição do valor do traço sonoro foi criado para eliciar a fala dos sujeitos e proporcionar a análise acústica e perceptual do vozeamento em suas falas. Os dados de fala foram gravados em MiniDisc Sony MZ-R70 em sala tratada acusticamente e submetidos ao programa Sona-Graph 5500 da Kay Elemetrics, verificando a presença ou não de vozeamento. Dois clínicos e pesquisadores experientes em aquisição fonológica fizeram os julgamentos acerca do contraste de sonoridade na fala das crianças. Também se testou a discriminação auditiva do traço de sonoridade pelas crianças através do instrumento de Levi (1994). Resultados: ambas as crianças demonstraram perceber o traço de sonoridade e produzi-lo em alguns contextos. A criança em aquisição normal apresentou mais contextos com produção adequada do traço de sonoridade. Houve cerca de 10% de desacordo no julgamento do contraste de sonoridade entre os juízes. Conclusão: as análises acústicas e perceptuais são complementares na avaliação da fala. Existem momentos de dessonorização na fala do sujeito em aquisição típica. DESCRITORES: INTRODUÇÃOOs estudos sobre o processo de aquisição fonológica normal e desviante vêm sendo de grande interesse em várias áreas do conhecimento, sobretudo na Fonoaudiologia. Nesse sentido, a literatura aponta a dessonorização como sendo um dos desvios mais frequentes e de maior dificuldade evolutiva na prática clínica. Por isso, a investigação das causas da dessonorização é de valor imensurável à prática clínica [1][2][3] .Estudos fonológicos e fonéticos sobre a dessonorização referem a idade dos 5 anos como o momento de supressão do processo na aquisição normal do Português Brasileiro, podendo estar completamente superado antes disso 4,5 .A estratégia de dessonorização representa a dificuldade na coordenação dos eventos gló-ticos e supraglóticos 6,7 . Um atraso no início da
TEMA: avaliação da inteligibilidade de fala. OBJETIVO: esta pesquisa objetivou desenvolver e validar itens para uma escala de inteligibilidade de fala a partir da fala de sujeitos com distúrbios fonológicos (DF) que apresentassem estratégias de reparo (ER) frequentes em Português Brasileiro (PB), através da testagem de sua eficácia para classificar a fala desses sujeitos. Também observou a inteligibilidade de fala gerada pelo uso das distintas ER e a possível interferência de variáveis como sexo, idade, escolaridade e contato com crianças entre os julgadores das amostras de fala. MÉTODO: assim, narrativas espontâneas de cinco crianças cujas falas representassem casos clínicos típicos e a de um sujeito controle foram apresentadas em compact disc (CD) a 103 juízes adultos, com habilidades auditivas normais, entre 18 e 39 anos de idade, com escolaridade fundamental, média e superior. RESULTADOS: os resultados demonstraram a validade estatística dos itens da escala e que o tipo de ER é fundamental no processo de inteligibilidade. Não houve interferência estatística das variáveis sexo, idade, escolaridade ou contato com crianças nos julgamentos realizados. CONCLUSÃO: os itens da escala foram validados e demonstraram eficácia na avaliação da inteligibilidade de fala dos casos estudados.
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