INTRODUÇÃO: A prematuridade é reconhecida como fator de risco para distúrbios do desenvolvimento motor, uma vez que promove interrupção na progressão do desenvolvimento das estruturas cerebrais. OBJETIVO: Consiste em analisar o processo de estimulação precoce em crianças com defasagem no desenvolvimento neuropsicomotor de até 2 anos de idade corrigida, através do olhar multidisciplinar. METODOLOGIA: Uma revisão integrativa desenvolvida no período de março a maio de 2018, utilizando as bases de dados LILACS, PUBMED, SCIELO e PEDro. Critérios para inclusão: artigo disponível na íntegra, publicados entre 2009 a 2018, em idioma inglês, português ou espanhol, abordando intervenção precoce, deficiência do desenvolvimento, desenvolvimento infantil e destreza motora, como temática central. Artigos que não atendessem aos critérios pré-definidos e não fossem artigos originais foram excluídos. RESULTADOS: Encontrados 45 artigos com descritores e recorte temporal, selecionados 28 para leitura completa, destes 12 foram eliminados, por não atender aos critérios de inclusão e exclusão, tendo para elegibilidade do estudo 16 artigos. Dentre alguns estudos observou-se que o acolhimento e o cuidado a essas crianças e a suas famílias, além da estimulação são essenciais para maior ganho funcional possível nos primeiros anos de vida. CONCLUSÃO: No âmbito da prematuridade à interdisciplinaridade, considerando que o atraso nessas crianças, são decorrentes não só da falta de estímulos adequados, mas pelo não desenvolvimento de estruturas neurológicas, a estimulação precoce oferece novas experiências, promovendo melhoras significativas e garantindo-lhes uma melhor qualidade de vida.

A Vigilância Alimentar e Nutricional é uma das diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição, sendo considerada essencial para a atenção nutrição e monitoramento do estado nutricional e das práticas de consumo alimentar, possibilitando o reconhecimento de alimentos ou comportamentos que se relacionam à alimentação saudável e não saudável para fornecer subsídios para o planejamento e organização do cuidado. O objetivo deste estudo foi avaliar o consumo alimentar e o estado nutricional de crianças de 0 a 23 meses que residem na Comunidade Quilombola de Córrego dos Iús-CE. O percurso metodológico trata-se de um estudo do tipo pesquisa-intervenção, que consistiu em uma tendência das pesquisas participativas que busca compreender a vida de coletividades na sua diversidade qualitativa. Identificamos 11 crianças, menores de dois anos na comunidade. Devido às perdas, às recusas ou à ausência do responsável no domicílio, a amostra estudada foi composta por 9 participantes. A partir da avaliação antropométrica, verificamos os agravos nutricionais mais importantes foram o peso elevado para idade (44.4%), risco de sobrepeso para estatura e obesidade para estatura apresentaram respectivamente (11.1%), sobrepeso para IMC por idade (11.1%). Os achados sugerem que a população estudada esteja passando por uma transição nutricional. Nossa pesquisa nos permitiu perceber que as crianças pertencem as famílias de baixo poder econômico. É necessário a consolidação de políticas públicas para melhorar a saúde da comunidade estudada.

Este estudo trata-se de um relato de experiência, que objetiva mostrar uma intervenção para a melhoria do acesso a alimentos saudáveis de famílias, em um Bairro da periferia urbana do Município de Sobral-Ceará através de hortas comunitárias, orgânicas e sustentáveis como estratégia de promover Educação Alimentar e Nutricional. A intervenção incluiu 15 pessoas de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família.  Foram realizados quatro encontros educativos sobre alimentação saudável com enfoque na inclusão de frutas, legumes e verduras. Além, do manejo de hortas para o cultivo do próprio alimento. O momento foi oportuno para os participantes aprenderam a preparar a terra, a semear, plantar, regar, colher, e receber informações nutricionais. Diante do que foi vivenciado, a pesquisa promoveu reflexão crítica sobre a segurança alimentar e nutricional e ressaltou a importância de se cultivar o próprio alimento para torna-lo acessível.