We report a 24 year old female polar bear (Ursus maritimus) who contracted Chagas' infection at the Guadalajara Zoo, in Jalisco, México, and died of acute Chagas' carditis 15 days later. The histopathological findings are described, as well as the presence of triatomines (Triatoma longipennis Usinger) infected with Trypanosoma cruzi collected within 5 meters from the place where the animal lived in the city of Guadalajara.
São incomuns as referências à fase crônica da doença de Chagas (DC) na infância e adolescência e particularmente raras as descrições da anatomia patológica da cardiopatia chagásica crônica (CChCr) na primeira década. Ao que nos consta, somente três trabalhos5 8 24 relatam as alterações morfológicas da CChCr no primeiro decênio de vida. Nenhum deles aborda o estudo microscópico do sistema excito-condutor e só Tafiiri e cols.24 realizaram estudo morfológico do sistema nervoso autônomo intracardíaco (SNAIC). Tendo feito tais estudos em menino chagásico com nove anos de idade, e cotejado os dados anatômicos e
A fim de obter metodologias que permitam estabelecer, com segurança, o diagnóstico "post-mortem " da infecção chagásica, adaptou-se o xenodiagnóstico artificial a necropsiados com diferentes tempos de óbito. O testefoi positivo em três (30%) de dez chagásicos autopsiados. O tempo decorrido entre o êxito letal e o início do repasto pelos triatomineos destes chagásicos foi de duas horas, duas horas e quinze minutos e sete horas, respectivamente. Discutem-se os fatores que podem explicara sobrevivência do Trypanosoma cruzi no hospedeiro morto bem como as aplicações práticas do achado.
Realizou-se o teste imunoenzimático ELISA, paralelamente à reação de imunofluorescência, para a detecção de anticorpos antí-Trypanosoma cruzi, em 137 amostras de líquidos pericárdicos humanos, colhidos na necropsia. Os resultados foram cotejados com os achados anatomopatológicos. Observou-se que: (1) os dois testes foram positivos em 30 casos e negativos em 105; (2) o teste ELISA foipositivo em 2 casos nos quais a immofluorescència revelou-se negativa; num desses casos, havia sinais morfológicos de doença de Chagas; (3) a média geométrica dos títulos obtidos com o teste ELISA foi significativamente maior que a da imunofluorescência; (4) o índice de concordância entre os dois testes apresentou o valor de 0,985. O presente relato parece-nos inédito quanto ao uso do teste imunoenzimático no líquidoperícárdicopara o diagnóstico post- mortem da doença de Chagas.
R e v ista d a S o c ie d a d e B ra sileira d e M e d icin a T ropical 2 3 (4 ):A morte súbita nos portadores de cardiopatia chagásica é um fenômeno freqüente e, a exemplo de outras cardiopatias, parece ser conveniente dividi-la em esperada e inesperada11 12. D e modo mais comum é causada pela fibrilação ventricular^ 11 e, mais raramente, deve-se a outros mecanismos14, dentre os quais se enquadra a ruptura espontânea. Ao que nos consta, na literatura há apenas dois relatos de morte de chagásicos por este último mecanismo, um feito por Chagas4 em 1916 e outro por Oliveira e Barbieri N eto10 em 1970. Tendo tido oportunidade de obser var óbito súbito de chagásica crônica causado por hemopericárdio conseqüente a rotura espontânea do ventrículo direito, nos pareceu justificada a publicação do caso pela sua raridade e pelos ensinamentos que dele se possa tirar para entendimento das rupturas cardíacas espontâneas. RELATO D O CASOMulher preta, 49 anos, casada, do lar, natural e procedente de Uberaba, Minas Gerais. H á anos queixava-se de palpitações, dispnéia noturna, edema de membros inferiores e disfagia. N ão procurava aten dimento médico " apesar de saber que era chagásica" .Quinze dias antes do óbito agravou-se a disp néia, surgiram dores nas regiões anterior e posterior do Recebido para publicação em 05 /0 9 /9 0 . tórax, tosse com escarro amarelado, febre e anorexia. Procurou atendimento em pronto-socorro da cidade, sendo diagnosticada bronquite. Logo após tomar medicação injetável -não se sabe qual -desmaiou duas vezes por alguns minutos e, logo após recobrar a consciência, faleceu em intensa dispnéia, em 06/06/87. NecropsiaO corpo foi examinado no Posto Médico Legal de Uberaba. À ectoscopía, cadáver do sexo feminino, de cor preta, sem lesões externas. Os achados macros cópicos mais importantes relacionam-se com o cora ção e com os pulmões.Pericárdio distendido por grande volume de sangue coagulado na sua cavidade. Coração de forma e peso (325g) normais, apresentando, na face estemocostal do ventrículo direito, rotura recentíssima de 1,8 cm de comprimento, arciforme, de margens dis cretamente irregulares, situada em área adelgaçada, em grande parte translúcida, de 4,0x0,5 cm (F iguras 1 e 2). Epicárdio com espessamentos brancacentos, ora em placas irregulares nas superfícies atrioventriculares, ora formando pequenos nódulos dispostos em rosário ao longo dos ramos coronários. No restante, folheto liso, delgado, transparente e brilhante. Cavi dades cardíacas e óstíos atrioventriculares discre tamente dilatados. Válvulas de aspecto normal. M iocárdio vermelho castanho com espessura de 1,1 cm no terço médio do ventrículo esquerdo e 0,3cm no direito, adelgaçando-se na região do vórtex à esquerda, onde chega a medir menos de 1 mm e é translúcido; trombos intracavitários nessa região (Figura 2). Endocárdio pa rieta l com espessamento brancacento difuso na região lateral do átrio esquerdo; no restante, o folheto é liso, delgado, transparente e brilhante. Seio coronário normal. 5
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