Resumo Objetivo: descrever o perfil epidemiológico dos casos de lesões por esforço repetitivo (LER/DORT) entre trabalhadores da indústria no Brasil, notificados no período de 2007 a 2013. Métodos: estudo descritivo com dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Calcularam-se as proporções dos casos de LER/DORT de acordo com as variáveis do estudo, estimou-se o coeficiente de incidência (CI) das LER/DORT, total e por sexo, e calculou-se a variação proporcional percentual (VPP) no período estudado. Resultados: entre 2007 e 2013 foram notificados 17.537 casos de LER/DORT na Indústria, com um CI total de 7,4/100 mil trabalhadores em 2007 e de 16,7/100 mil em 2013, com uma VPP no período de 126%. Os três principais diagnósticos foram: lesões no ombro (29,3%), transtornos de sinóvias e tendões (14,6%) e dorsalgias (14%). Conclusão: diante do aumento das notificações, observa-se a importância do registro e análise dos casos para o planejamento e instituição de medidas de prevenção e atenção integral à saúde dos trabalhadores de acordo com as especificidades da atividade econômica desenvolvida por eles. Também é fundamental a discussão da responsabilidade das empresas e empregadores sobre o adoecimento dos trabalhadores.
Introdução: A espasticidade é uma alteração do tônus muscular secundaria a uma lesão do neurônio motor superior geralmente decorrente de um distúrbio vascular cerebral. A estimulação elétrica neuromuscular vem sendo utilizada pelos fisioterapeutas com o objetivo de reduzir a espasticidade, melhorar a capacidade motora e o desempenho na realização das atividades de vida diária. Objetivo: Apresentar os efeitos da aplicação de estímulos elétricos neuromusculares sobre os músculos espásticos do membro superior de pacientes com sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Metodologia: O estudo utilizou o protocolo de orientações do PRISMA para a elaboração da revisão sistemática. A busca bibliográfica foi realizada no período entre dezembro de 2014 e março de 2015 nas bases de dados: MedLine/PubMed, PEDro, LILACS e Scielo. Foram utilizados os seguintes descritores: Espasticidade, Muscle Spasticity, Fisioterapia e Physical Therapy Modalities. Resultados: Foram selecionados 6 estudos. As pesquisas mostram uma redução significativa da espasticidade em músculos do membro superior espástico de pacientes com sequelas de AVC, tratados com eletroestimulação muscular. Outros resultados também foram encontrados, como a redução da dor e da contratura muscular, a melhora da função motora dos membros superiores e o aumento da amplitude de movimento ativa de punho e dedos. Não existe consenso entre os parâmetros de aplicação do tratamento com eletroterapia. Conclusão: Os estudos mostram que a eletroterapia, aplicada ao membro superior espástico do paciente com sequelas de AVC, parece contribuir para a redução da espasticidade, melhora das complicações associadas e incremento da capacidade funcional. Porém, ainda é baixa a qualidade metodológica dos estudos e reduzido o número de artigos sobre o tema.
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