<p>Para além do ensino e aprendizagem a escola deve ser cultivadora de socialização, proporcionando espaços seguros para que aconteçam encontros, desencontros, contatos, comunicações e diversidades. Longe dessa realidade a escola compõe uma rede de mecanismos sociais de formação de sujeitos ideais e como instituição apresenta-se como lugar restritivo que na maioria das vezes não cumpre com seu papel de ser cultivador da diversidade pelo cumprimento de suas normas e regras socialmente construídas, colocando á margem todos aqueles que não se enquadram em seus ideais. O presente trabalho objetivou problematizar gênero e sexualidade dentro do contexto escolar com foco nas questões de homofobia, apresentando-se como pesquisa de abordagem qualitativa e natureza exploratória, se configurando em uma pesquisa-intervenção. Oficinas foram realizadas em uma escola de ensino médio da cidade de Juazeiro do Norte-Ceará, com estudantes da devida instituição, sendo tematizado os conceitos fundamentais da pesquisa e os dados obtidos no devido trabalho foram organizados em categorias onde se trabalhou esses devidos conceitos, as experiências de gênero e sexualidade dentro da escola e a homofobia, construindo-se análise de conteúdo. Como resultados conclui-se que as vivências de gênero e sexualidade na escola estão pautadas em medo, sofrimento e violação de direitos, onde não existe espaço para se discutir temas como esses e vivenciá-los.</p>
A partir do entendimento que orientação sexual é o caminho do desejo e gênero é o papel social de ser mulher, homem ou outro, ambos componentes dos corpos e identidades, é possível compreender, com base nos determinantes de saúde, que a LGBTQIAPN+fobia interfere no processo saúde-doença, causando sofrimento e adoecimento. O Estado Brasileiro reconheceu as questões de orientação sexual e gênero como determinantes da saúde a partir de discussões realizadas na 13ª Conferência Nacional de Saúde e expressamente na Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Com o objetivo de analisar as possíveis interferências das questões de orientação sexual e gênero na efetivação do acesso e do cuidado da população LGBTQIAPN+ nos serviços de saúde mental do município de Iguatu/CE, foi realizada, uma pesquisa qualitativa e exploratória, sendo a pesquisa-ação a técnica principal de coleta de dados, tendo sido produzidas oficinas com trabalhadores da saúde nos três Centros de Atenção Psicossocial - CAPS no município, contando com participação de 27 profissionais. Essas oficinas tiveram a finalidade de problematizar três pontos específicos a partir das perspectivas dos participantes: os conceitos de orientação sexual e gênero; a saúde da população LGBTQIAPN+; e as questões do preconceito, do acesso e do cuidado da população LGBTQIAPN+ nos serviços de saúde mental. Após, foi realizada uma análise de discurso. Conclui-se que o acesso é fragilizado, ameaçando a universalização do SUS e o cuidado é precário, diante do sofrimento, preconceito, invisibilização e falta de informação, limitando o cuidado integral e equanime.
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