O presente estudo objetiva abranger a intersecção dos conceitos de sexualidade, envelhecimento e masculinidade para a compreensão das representações do corpo envelhecido para os homens idosos, tal como a sexualidade e os desafios da manutenção da masculinidade na contemporaneidade. Os aspectos metodológicos empregados para este fim incidem em um relato de experiência de oficinas temáticas desenvolvidas com idosos, tais homens são frequentadores de um equipamento social e participantes de grupos de convivência. Os dados registrados em diários de campo foram submetidos à análise de conteúdo de Bardin. Com isso, obtêm-se, enquanto resultados, os diversos fatores que contribuem para a construção da subjetividade do idoso a respeito do corpo masculino em torno da sexualidade, entre eles os valores e a manutenção das normas em detrimento dos encontros contemporâneos na mídia e na sociedade. Entende-se, portanto, que o envelhecer na atualidade é um desafio que vai além de carregar os estigmas sociais, e insere-se em uma dimensão cultural que padroniza os corpos, as relações sexuais e a masculinidade numa esfera que neutraliza o sujeito e o enquadra na jovialidade.
Em uma pedagogia da sexualidade, os corpos são constituídos aos moldes da heteronormatividade em um sistema binário que tange ao masculino/feminino, homem/mulher, heterossexual/homossexual com ditames de normativas rígidas para meninos e meninas. Nesse sentido, atenta-se para a importância de refletir sobre a configuração dos corpos e do gênero, uma vez que engendra aos indivíduos desviantes sofrimento ético-político, definindo modos de ser e existir padronizados. Essa pesquisa é produto do Projeto de Iniciação Científica: Psicologia e diversidade sexual – as (trans) experiências na educação de corpos e feitura de gênero de travestis e transexuais no cariri cearense, vinculado ao Grupo de pesquisa Psicologia e Subjetividades Contemporâneas registrado junto ao Centro Universitário Dr Leao Sampaio - UNILEÃO em Juazeiro do Norte-CE. Dessa forma, essa pesquisa tem por escopo problematizar a educação dos corpos e a feitura do gênero na constituição dos sujeitos. Para isso, realizou-se uma revisão bibliográfica com base nos descritores “educação”, “corpo” e “gênero” em autores clássicos sobre a temática em questão e em artigos científicos. Destarte, discute-se sobre as questões que tangem ao biopoder e a domesticação dos corpos na educação, para em seguida refletir a binaridade do gênero e de uma ética da existência em corpos abjetos e por último, investiga-se o lugar dos desviantes, uma zona inóspita e de vida nua. Portanto, ressalta-se que as marcas identitárias de corpo-gênero-sexualidade implicam em forças de relações de poder e resistência em um campo sócio-histórico que envolve repetição de acontecimentos em prol da manutenção das normas e formas micropolíticas de subversividade.
O presente artigo tem como objeto analisar a trajetória de Nise da Silveira e suas contribuições para a atuação no campo da Saúde Mental. Para tanto, usamos como metodologia a revisão da literatura narrativa, deu-se através de uma construção que se deu seguindo um caminhar singular, próprio e aberto às possibilidades. A busca se deu inicialmente na base de dados Periódicos Capes, Google acadêmico e SciELO usando como descritores: Nise da Silveira; ciência e saúde mental. A partir da leitura desses artigos, tomando com base as referências inerentes ao assunto desse artigo, fomos direcionados a navegar por outros lugares. Então, em um segundo momento, voltamos a usar novos descritores: Mulheres cientista; Brasil; mundo. A análise possibilitou perceber que Nise da Silveira contribuiu para a área de saúde mental pelo fato de considerar um tratamento humanizado no qual o sujeito não é somente um ser acometido e diagnosticado por um manual.
<p>Para além do ensino e aprendizagem a escola deve ser cultivadora de socialização, proporcionando espaços seguros para que aconteçam encontros, desencontros, contatos, comunicações e diversidades. Longe dessa realidade a escola compõe uma rede de mecanismos sociais de formação de sujeitos ideais e como instituição apresenta-se como lugar restritivo que na maioria das vezes não cumpre com seu papel de ser cultivador da diversidade pelo cumprimento de suas normas e regras socialmente construídas, colocando á margem todos aqueles que não se enquadram em seus ideais. O presente trabalho objetivou problematizar gênero e sexualidade dentro do contexto escolar com foco nas questões de homofobia, apresentando-se como pesquisa de abordagem qualitativa e natureza exploratória, se configurando em uma pesquisa-intervenção. Oficinas foram realizadas em uma escola de ensino médio da cidade de Juazeiro do Norte-Ceará, com estudantes da devida instituição, sendo tematizado os conceitos fundamentais da pesquisa e os dados obtidos no devido trabalho foram organizados em categorias onde se trabalhou esses devidos conceitos, as experiências de gênero e sexualidade dentro da escola e a homofobia, construindo-se análise de conteúdo. Como resultados conclui-se que as vivências de gênero e sexualidade na escola estão pautadas em medo, sofrimento e violação de direitos, onde não existe espaço para se discutir temas como esses e vivenciá-los.</p>
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