A biodiversidade da flora brasileira é bastante vasta e representa um imenso potencial de utilização econômica pela indústria farmacêutica e cosmética. Dentre as espécies vegetais catalogadas no Brasil, a Arrabidaea chica Verlot, pertencente à família Bignoniaceae, conhecida popularmente pelos nomes de pariri, cipó-pau ou crajiru, encontra-se listada na Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS) para estudo e viabilidade como cicatrizante e tratamento de ulcerações diabéticas. Este trabalho avaliou os extratos de folhas de Arrabidaea chica para fins de identificação de compostos ativos e demonstrou que o extrato foi capaz de reduzir as lesões na pele 13% em apenas dois dias de aplicação tópico, além de demonstrar mediante ensaio in vitro de indução de crescimento de fibroblastos. Com a caracterização química dos extratos, observou-se a possível presença de compostos do grupo de flavonoides e antocianinas como quercetina e 3-desoxiantocianidina, respectivamente. Nenhuma das amostras apresentou citotoxicidade nas concentrações testadas, assim como não teve diferença significativa na quantidade de células nos diferentes tratamentos no ensaio de proliferação celular.
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