O objetivo deste artigo é identificar as peculiaridades dos recentes fluxos migratórios internacionais na Grande Florianópolis, cujas multiplicidades têm acarretado uma reconfiguração no perfil demográfico da capital catarinense. A pesquisa, realizada no período de 2015 a 2017, utilizou-se de métodos e técnicas de pesquisa qualitativa (análise documental) e quantitativa (cadastro institucional fechado). A investigação centrou-se no levantamento de informações e análise do perfil de uma amostra de 1783 imigrantes e refugiados atendidos pelo Projeto de Extensão “Cátedra Sérgio Vieira de Mello - Núcleo de Apoio a Imigrantes e Refugiados” da Universidade Federal de Santa Catarina, em parceria com a Pastoral do Migrante. Este estudo pioneiro no âmbito das atuais migrações na região mostrou, em última instância, que os imigrantes e refugiados não-brancos dos eixo sul-sul são invisibilizados e, devido à ausência de políticas públicas estaduais e municipais de integração e acolhimento, são submetidos a processos preocupantes de hiper-vulnerabilização.
Imagens da androginiaA partir do distanciamento das projeções de gênero calcadas na lógica binária comuns às sociedades ocidentais, observo os arquétipos da ambiguidade de gênero na produção nipônica, assim como os modelos que a acompanham segundo a tradição imagética na pré-modernidade japonesa, buscando compreender sua possível epistemologia. Segundo a análise dos códigos de representação de gênero a partir da década de 1980, percebo também a recorrente figuração da androginia nos conteúdos presentes nos mangás e, sobretudo, nas animações, suportes indispensáveis para a observação de articulações de gênero no Japão.Desse modo, sob que circunstâncias, por intermédio da função da imagem, a representação do gênero neutro pode afirmar-se como um retrato da contemplação no mundo nipônico? Quais as justificativas para a eleição da androginia como um padrão estético na cultura visual presente não só em suportes contemporâneos, mas também nas estampas xilográficas a partir do século XVII no Japão? Antes disso, é preciso compreender sob qual prisma a androginia é aqui observada. De acordo com Robertson, "androginia" [...] refere-se não a uma condição fisiológica (isto é, um corpo intersexuado), mas a uma "política superficial do corpo" (Butler 1990:136). A androginia envolve o embaralhamento dos indicadores de gênero -roupas, gestos, padrões do discurso e assim por diante -de uma maneira que enfraquece a estabilidade de um sistema de gênero sexual baseado em uma dicotomia homem-mulher e mantém essa dicotomia justapondo ou misturando seus elementos. 2 A autora recusa-se a olhar para a ambiguidade de gênero sob a perspectiva da intersexualidade ou do hermafroditismo, atentando para os arquétipos de gênero moldados sob a perspectiva
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