A psoríase consiste em uma das doenças inflamatórias imunomediadas mais comuns em seres humanos, com prevalência variando de 0,11% a 8,5% na dependência da população analisada. A investigação da associação entre psoríase e fatores de risco para a saúde cardiovascular foi iniciada no último século e, desde então, pesquisas têm apresentado resultados variados. Entretanto, recentes meta-análises e estudos de coorte confirmaram que se trata de uma associação estatisticamente significativa. Os artigos utilizados nesta revisão bibliográfica foram pesquisados nas bases de dados National Library of Medicine (PubMED), Google Acadêmico e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e publicados entre os anos 2000 e 2021. Novas evidências científicas reforçam a existência de associação da psoríase com comorbidades que elevam o risco de o indivíduo desenvolver doenças cardiovasculares, incluindo componentes da síndrome metabólica, como diabetes, hipertensão arterial sistêmica, obesidade e dislipidemia. Em razão de a psoríase relacionar-se a um estado de inflamação sistêmica que gera repercussões no aparelho cardiovascular, é importante conscientizar os profissionais médicos sobre a aterosclerose em pacientes psoriáticos, para que intervenções terapêuticas precoces e medidas preventivas possam ser implementadas.
Ao longo da evolução da história natural do lúpus eritematoso sistêmico (LES), mais da metade dos pacientes manifestam sinais e sintomas sugestivos de comprometimento do sistema respiratório. Em grande parte dos casos, tosse, dispneia e pleurisia são as pistas diagnósticas iniciais. Uma manifestação respiratória pouco relatada em associação ao LES é a síndrome do pulmão encolhido (SPE), cujos mecanismos fisiopatológicos presentes são diversos e ainda pouco esclarecidos, tendo destaque a ocorrência de uma disfunção diafragmática de causa neuromuscular. A SPE caracteriza-se pela presença de uma tríade, composta por dispneia, redução dos volumes pulmonares e alterações funcionais restritivas, apresentando uma prevalência desconhecida em razão dos poucos casos registrados na literatura. Diante desse contexto, este artigo objetivou relatar o caso de uma paciente jovem que manifestou alterações do sistema respiratório, cuja investigação clínica resultou no diagnóstico da SPE.
Leprosy is a chronic infectious contagious disease caused by Mycobacterium leprae. Individuals with this comorbidity can be cured thanks to treatment with dapsone, clofazimine and rifampicin. The combination of drugs is known as multidrug therapy and the choice of combination depends on the classification of patients as paucibacillary or multibacillary. Rifampicin is part of standard treatment and renal anomalies secondary to its use are rare. However, the most common of these is acute renal failure. Because it is an unusual and potentially fatal side effect, it is necessary for health teams and patients to be alerted to the possibility of their occurrence, thus ensuring early detection of abnormalities and rapid management of side effects. We present a case of a patient with a diagnosis of dimorphic leprosy in treatment with multidrug therapy who developed acute renal failure after the tenth dose of rifampicin, requiring the suspension of the same.
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