A perspectiva deste trabalho é a de apresentar uma experiência de habitação social na cidade de São Paulo, tendo como referência questões contemporâneas desse desafio (entre elas, a da área central.). Para esta apresentação (que é resultado de uma pesquisa realizada em 2010) gostaríamos de destacar uma intervenção na Rua do Carmo, próxima à Sé, do escritório Vigliecca & Associados. Interessa-nos evidenciar o desafio de questões contemporâneas que tem sido enfrentado pelo arquiteto Héctor Vigliecca – com aprofundamento teórico e proposição projetual -, e que nos parece de fundamental importância à própria “renovação” do tema da habitação social em áreas metropolitanas como a cidade de São Paulo.

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As áreas de várzea do rio Solimões vêm passando por intensas transformações. Mudanças ligadas ao ambiente, ao clima, recursos florestais e o regime das águas, têm indicando novas abordagens quanto a produção da arquitetura vernacular na região. Observam-se também novas configurações culturais e possibilidades técnicas, que refletem diretamente quanto as soluções das edificações produzidas tradicionalmente. Nesse ambiente extremo, o nível do Rio Solimões pode variar até 15 metros entres os períodos de cheia e vazante, transformando o habitar em um desafio, de modo a levar as populações ribeirinhas na Amazônia a desenvolver soluções adaptativas, nômades, em uma configuração complexa em que a sustentabilidade é a diferença entre vida ou morte. O presente artigo busca contextualizar os processos formadores da Habitação Ribeirinha através do olhar sobre a casa, sua configuração e análise sobre seu uso, o espaço construído como interpretação do ambiente extremo, processos culturais e técnicos em constante transição.

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