<pre><span>As implicaturas conservacionais propostas por H. P. GRICE constituem um exemplo paradigmático do poder de explicação pragmática dos fenômenos lingüísticos, especificamente quando se trata de significar "algo mais" do que é realmente dito. No entanto, tal perspectiva não é suficiente para interpretar enunciados irônicos - pois estes são produzidos a partir da suposição de que há conhecimento compartilhado entre locutor e ouvinte - o que nem sempre acontece. </span></pre>
As áreas de várzea do rio Solimões vêm passando por intensas transformações. Mudanças ligadas ao ambiente, ao clima, recursos florestais e o regime das águas, têm indicando novas abordagens quanto a produção da arquitetura vernacular na região. Observam-se também novas configurações culturais e possibilidades técnicas, que refletem diretamente quanto as soluções das edificações produzidas tradicionalmente. Nesse ambiente extremo, o nível do Rio Solimões pode variar até 15 metros entres os períodos de cheia e vazante, transformando o habitar em um desafio, de modo a levar as populações ribeirinhas na Amazônia a desenvolver soluções adaptativas, nômades, em uma configuração complexa em que a sustentabilidade é a diferença entre vida ou morte. O presente artigo busca contextualizar os processos formadores da Habitação Ribeirinha através do olhar sobre a casa, sua configuração e análise sobre seu uso, o espaço construído como interpretação do ambiente extremo, processos culturais e técnicos em constante transição.
O objetivo geral deste trabalho é refletir sobre a práxis da linguagem nas relações públicas comunitárias a partir de uma prspectiva pragmática linguística, ou seja: a partir de uma consideração de língua(gem) enquanto sistema simbólico que existe em/nas práticas sociais de seus usuários e com o qual podemos intencionalmente "criar realidades" e intervir no cotidiano individual e coletivo das pessoas a fim de "dizer criativamente o mundo". Especificadamente, investigar como a língua(gem) que o relações públicas emprega para "dizer as coisas aos outros" deve ser entendida como uma manifestação de crenças e, portanto, como comportamentos valorativos e políticos com potencial (efeitos) para organizar, gerir e transformar o contexto existencial das pessoas em diferentes comunidades. Os resultados irão demonstrar que a metáfora "cooperação" é essencial ao processo de escolhas linguísticas, desde que o termo não seja "descontextualizado" em cada situação.
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