A saturação por bases (V%) é um indicativo de fertilidade dos solos, sendo que níveis altos de saturação por bases indicam que existem grandes quantidades de cátions, como Ca²+, Mg²+ e K+, proporcionando a diminuição dos valores dos íons H+ e do alumínio trocável do solo (Al3+). Já a saturação por alumínio (m%) expressa a toxidez do solo, e também, refere-se a porcentagem da CTC efetiva ocupada por alumínio, neste caso, valores elevados de m%, indicam que o solo é ácido, podendo conter Al3+ em nível tóxico para às plantas. O presente estudo teve como objetivo descrever a variabilidade e as relações espaciais da saturação por bases e da saturação por alumínio de Neossolos cultivados com soja, sob cultivo mínimo, numa catena do Pampa. Foram realizadas prospecções por meio de 52 pontos de uma malha, com intervalos regulares de 15 m, na profundidade de 0,0 – 0,2 m, numa área de 1,17 ha. Em seguida, determinaram-se as propriedades químicas dos solos e posteriormente, foi realizado o cálculo da Soma de Bases (SB), da capacidade de troca catiônica efetiva (CTCefetiva), da capacidade de troca catiônica potencial (CTCpH7), da V% e da m%. As propriedades químicas dos Neossolos apresentaram relações espaciais em sua distribuição. A densidade amostral mostrou-se de grande importância para as definições das variáveis com exatidão. Os Neossolos cultivados com soja, sob cultivo mínimo apresentam boa fertilidade química, com elevada saturação por bases e baixa saturação por alumínio.
VARIAÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL DA ACIDEZ POTENCIAL DOS SOLOS, COM PREPARO CONVENCIONAL LUCAS NASCIMENTO BRUM1, JULIO CÉSAR WINCHER SOARES2, DANIEL NUNES KRUM3, THAYNAN HENTZ DE LIMA4, OTÁVIO LADISLAU GARCIA MEDEIROS5 1 Laboratório de Solos, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Avenida Batista Bonoto Sobrinho, 733, São Vicente, 97711-500, Santiago-RS, Brasil, lucasbrum13@hotmail.com. 2 Laboratório de Solos, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Avenida Batista Bonoto Sobrinho, 733, São Vicente, 97711-500, Santiago-RS, Brasil, juliowincher@gmail.com. 3 Laboratório de Solos, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Avenida Batista Bonoto Sobrinho, 733, São Vicente, 97711-500, Santiago-RS, Brasil, Daniel.krum@hotmail.com. 4 Laboratório de Solos, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Avenida Batista Bonoto Sobrinho, 733, São Vicente, 97711-500, Santiago-RS, Brasil, Thaynanh.lima@hotmail.com. 5 Laboratório de Solos, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Avenida Batista Bonoto Sobrinho, 733, São Vicente, 97711-500, Santiago-RS, Brasil, otaviogarciamedeiros@outlook.com. RESUMO: O reconhecimento da variabilidade espaço e temporal das propriedades ligadas a acidez do solo permite o manejo eficiente da sua fertilidade. O objetivo do trabalho foi predizer a variabilidade espaço-temporal das propriedades ligadas a acidez e a demanda por calcário de solos após a inserção da cultura da soja, com preparo convencional, sob o campo nativo. A pesquisa foi realizada na fazenda escola da Universidade Regional Integrada, Campus de Santiago, RS. Foram coletadas amostras de solo na profundidade de 0 a 0,2 m, em 52 pontos, através de uma grade de 15 x 15 m, nos diferentes momentos e sistemas de ocupação: campo nativo (2016) e soja em plantio convencional (2017). Através da geoestatística, observou-se a variabilidade espaço-temporal das variáveis ligadas a acidez do solo e a demanda por calcário nos diferentes momentos e sistemas de ocupação. Registrou-se a redução da acidez potencial e, consequentemente, a redução na demanda por calcário. As variáveis estudadas, nos diferentes momentos, apresentaram relações espaciais em sua distribuição na paisagem e a densidade amostral mostrou-se de grande importância para as predições acuradas, tendo em vista que o menor valor de alcance foi de 28,84 m, perfazendo 12 pontos de observação por hectare. Palavras-chave: Vegetação nativa; Acidez do solo; Monitoramento espaço-temporal; Manejo e conservação do solo; Agricultura digital. SPATIAL AND TEMPORAL VARIATION OF POTENCIAL ACIDITY IN SOILS IN CONVENTIONAL TILLAGE ABSTRACT: The recognition of the spatial-temporal variability of properties linked to acidity soil allows the efficient management of its fertility. The aim of this work was to predict the spatio-temporal variability of properties linked to acidity and demand for limestone soils after the insertion of soybean crop, with conventional tillage, under the native field. The research was carried out at the Fazenda Escola of the Integrated Regional University, Campus de Santiago, RS. Soil samples were collected at a depth of 0 to 0.2 m, at 52 points, through a 15 x 15 m grid, at different times and occupation systems: native field (2016) and soybean under conventional tillage (2017). Through geostatistical, the spatio-temporal variability of linked variables to soil acidity and the demand for limestone was observed different times and occupation systems. There was a reduction in potential acidity and, consequently, a reduction in demand for limestone. The studied variables, at different times, showed spatial relationships in their distribution in the landscape and the sample density proved to be of great importance for accurate predictions, considering that the lowest range value was 28.84 m, totaling 12 points observation rate per hectare. Keywords: Native vegetation; Acidity of soil. Spatial-temporal monitoring. Soil Conservation and Management. Digital agriculture.
RESUMO:A utilização de plantas de cobertura num plano de rotação de culturas é um dos princípios fundamentais para a obtenção da sustentabilidade dos agrossistemas, uma vez que oferecem condições favoráveis ao crescimento e desenvolvimento das culturas subsequentes. As espécies utilizadas como cobertura, no entanto, caracterizam-se como plantas que têm a finalidade de cobrir o solo, protegendo contra processos erosivos e lixiviação de nutrientes, ou ainda usadas para pastoreio, produção de grãos, sementes, silagem, feno, ou apenas como fornecedoras de palhada para o solo, auxiliando também, a ciclagem de nutrientes. O presente estudo teve por objetivo quantificar a produção de biomassa seca (Bs) de um mix de plantas de cobertura cultivadas no inverno, numa catena de solos do Pampa Gaúcho. O trabalho foi desenvolvido na Fazenda Escola da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões -URI, Câmpus de Santiago, onde a semeadura foi realizada dia 30 de junho, no ano de 2018 sob cultivo mínimo com trator e plantadeira, utilizando espaçamento de 0,17 cm, como é comum nos cultivos de inverno. A densidade de semeadura para aveia foi de 18,75 kg.ha-1 de sementes, ervilhaca 25 kg.ha-1, centeio 18,75kg.ha-1 e nabo 12,5kg.ha-1, com correção de 100 % de poder germinativo. Foi coletada uma amostra em cada ponto locado com o receptor geodésico GNSS (RTK), totalizando 52 pontos, correspondentes a 1,00 m² cada, seguindo o método do quadrado de madeira. No software ArcGIS® 10.5.1, utilizando a geoestátisca, foram realizados os ajustes dos modelos de semivariogramas aos dados, sendo definidos os parâmetros do efeito pepita, patamar e alcance. O Grau de Dependência Espacial (GDE) foi classificado como fraco, moderado e forte. Em seguida, foram elaborados mapas utilizando um algoritmo preditor, a krigagem ordinária, sendo possível um maior detalhamento. O peso da Bs do Mix de plantas de cobertura apresenta uma variação de 3,5 a 8,4 t.ha-1, com uma média de 5,9 t.ha-1, tendo um coeficiente de variação classificado como médio. Já a DS teve valores variando de 1,2 a 1,4, com uma média de 1,3 g/cm3 e um coeficiente de variação classificado como baixo. A malha amostral foi suficiente para predizer as variáveis analisadas, colaborando para uma maior acurácia do experimento. A Bs apresentou uma correlação inversamente proporcional com a DS, onde os maiores valores de Bs se encontram em locais com menor DS.
RESUMO:Cátions como potássio (K+), cálcio (Ca+2) e magnésio (Mg+2) são atraídos e adsorvidos na superfície de colóides do solo e a porcentagem desses cátions que ocupam a capacidade de troca potencial (CTCpH7) é denominada saturação por bases (V%), que indicam a disponibilidade de macronutrientes no solo. Caso haja uma baixa V%, outra propriedade surge, a saturação por alumínio (m%), estando diretamente relacionada com os teores de alumínio trocável (Al+3) no solo, que apresentam sintomas de toxidez na planta quando essa concentração é muito alta. Dentre os sintomas foliares mais notáveis, destacam-se folhas de crescimento anormal, coloração púrpura nos colmos, enrolamento das folhas jovens, colapso do ápice da planta e dos pecíolos, entre outros. As raízes danificadas por alumínio são caracteristicamente curtas, grossas e quebradiças, com poucas ramificações finas, e são, portanto, pouco eficientes na absorção de água e de nutrientes do subsolo. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo descrever a variabilidade e as relações espaçotemporais da saturação por bases e da saturação por alumínio da soja, sob cultivo mínimo, numa catena do Pampa, em cinco anos de monitoramento. O trabalho foi realizado na Fazenda Escola da
RESUMO:O solo é um fator indissociável para a produção agrícola, graças a suas propriedades físicas, químicas e biológicas, que fornecem um ambiente favorável para o desenvolvimento vegetal. Nessa ótica, a implementação de ações que mitiguem os danos de origem antrópica, como erosão, compactação e destruição de ambientes nativos nesse meio, vem tornando-se um assunto que não pode ser ignorado. Assim, para aferir os impactos causados pelos sistemas de manejo, os indicadores físicos utilizados são: (i) densidade do solo; (ii) agregação; (iii) compactação; (iv) macroporosidade; (v) microporosidade; (vi) porosidade total; (vii) capacidade de retenção de água; (viii) e estabilidade de agregados. O presente estudo teve como objetivo avaliar a variabilidade espaço-temporal de componentes da estrutura de solos, após a inserção da cultura da soja, numa catena do Pampa Gaúcho, em seis anos de monitoramento. O trabalho foi realizado no município de Santiago, RS, na Fazenda Escola da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Câmpus de Santiago. Onde, em 2017, foi realizada a inserção da cultura da soja, em plantio convencional, a partir do ano de 2018 foram adotadas técnicas de manejo conservacionista inicialmente em cultivo mínimo. Entre os anos de 2016 e 2021, foram realizadas prospecções em 52 pontos de uma malha amostral com 15 m, as equidistâncias na profundidade de 0,0 -0,2 m. Durante as prospecções foram coletadas amostras indeformadas para a determinação da densidade do solo (DS), da porosidade total (PT), da macroporosidade (MACRO) e da microporosidade (MICRO). Utilizando-se a geoestátistica, foram realizados os ajustes dos modelos de semivariogramas aos dados, sendo definidos os seguintes parâmetros: efeito pepita, patamar e alcance. Foram testados os modelos: stable, circular, esférico, gaussiano e exponencial. Posteriormente, o grau de dependência espacial (GDE). Em seguida, para analisar o relacionamento entre as variáveis, efetuou-se a análise de correlação de Pearson (p<0,01). Sob o campo nativo, os solos apresentaram densidade (DS) média de 1,3 g/cm3, variando entre 0,9 e 1,5 g/cm3. A porosidade total (
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