Introdução: Vulnerabilidade é um construto multidimensional que se refere a um contexto dinâmico em que há risco de desenvolver problemas de saúde, seja por uma inadequação econômica, social, psicológica, familiar, cognitiva ou de recursos físicos. Deve-se considerar diversos aspectos da interação biopsicossocial como, por exemplo, as relações sociais e também de trabalho. Objetivo: Verificar a associação de relatos de vulnerabilidades em pessoas idosas e homossexuais em artigos publicados na área da saúde. Método: Levantamento bibliográfico através de três bases de dados: Pubmed, Scopus e Web of Science. Critérios de inclusão: artigos relacionados a questões de envelhecimento e homossexualidade, publicados nos últimos cinco anos. Critério de exclusão: os artigos que não puderam ser acessados na íntegra. Os textos foram avaliados de forma qualitativa visando estabelecer categorias de análise vinculadas à vulnerabilidade. Resultados: Foram analisados 279 artigos dos 349 artigos localizados. Em 252 artigos, a vulnerabilidade física foi a predominante. Em outros 22 artigos foi possível destacar a vulnerabilidade social, representada pelas situações de ter que viver na invisibilidade acerca da própria orientação sexual, por medo do preconceito ou do rechaço. Finalmente, em cinco artigos houve a menção de que a variável sexualidade não era abordada no atendimento de pacientes idosos. Conclusão: A vulnerabilidade estática é aquela associada ao simples fato de ser velho e homossexual, enquanto que a vulnerabilidade dinâmica é a decorrente de situações que envolvam as relações sociais associadas a estas características. Os resultados evidenciam a necessidade de incluir este tema como objeto de reflexão por parte da sociedade.
INTRODUÇÃO: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são hoje a maior epidemia em saúde pública já vista, comprometendo a expectativa e qualidade de vida dos idosos¹. OBJETIVO: Descrever a proporção de idosos que tem diagnóstico de alguma DCNT e consequentemente limitações por esta causa. MÉTODO: Estudo descritivo de busca eletrônica de dados realizada através dos termos doenças crônicas e idoso no Sistema de Indicadores de Saúde e Acompanhamento de Políticas do Idoso (SISAP-idoso). A presença de DCNT, esta relacionada à proporção de idosos que referem ter recebido diagnóstico de DCNT e a presença de limitações, se caracteriza pela referência deles de ter alguma limitação provocada por DCNT. Os dados são oriundos da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. RESULTADOS: A proporção de idosos com DCNT no país é de 76,3%, sendo a maior proporção, 80,1%, encontrada nas mulheres. Dentre as regiões, foi observada maior proporção de DCNT na região Sul (81,8%) e também em ambos os gêneros (homens:79,3%; mulheres:83,7%). O estado de Santa Catarina apresenta a maior proporção de idosos com DCNT (83,7%). No Brasil, a proporção de idosos com limitação por DCNT é de 45,4%, sendo mais observada em mulheres, 47,6%. Frente as regiões, a região Sul assume mais da metade (51%) dos idosos com limitação por DCNT, sendo também observadas as maiores proporções com relação aos gêneros (homens:48,4%; mulheres:52,9%). O Rio Grande do Sul é o estado com mais limitações por DCNT (53,1%). CONCLUSÃO: A região Sul é a mais afetada pelas DCNT. As mulheres apresentam mais DCNT e também limitações provocadas pelas mesmas tanto em nível de país como de regiões.
Objetivo: analisar e descrever as memórias, suas trajetórias de vida, bem como, o processo de envelhecer sob a perspectiva individual e as possíveis vulnerabilidades associadas. Método: Estudo exploratório e descritivo, de cunho qualitativo, realizado por meio de um questionário sociodemográfico e uma entrevista semiestruturada, com 69 participantes, sendo destes 24 mulheres e 10 homens heterossexuais e 20 mulheres e 13 homens homossexuais. O que emergiu das falas compôs o material para análise temática de conteúdo. Resultados: A partir das transcrições das entrevistas, originaram-se 14 categorias a seguir: estigma, autoestima, dificuldade de aceitação, superação de limites, qualidade de vida, corpo como estereótipo, medo da morte, preconceito com a idade, saúde mental, aceitação da velhice, preconceito com a sexualidade, saúde/doença, medo da solidão e discriminação racial. Conclusão: Nas percepções dos participantes, o estigma está associado apenas a homossexualidade, quanto a dificuldade de aceitação, as mulheres homossexuais tiveram mais dificuldades. O corpo como estereótipo se associou apenas com as mulheres, mas não com a orientação. O preconceito com a idade se associou com os heterossexuais apenas. A percepção do preconceito com a sexualidade foi associada apenas com os homossexuais. As mulheres percebem menos a discriminação racial que os homens, desconsiderando a orientação.
A pandemia da covid-19 gerou aumento de repositórios de dados digitais que registram a memória das pessoas sobre a pandemia, originando diversas comunidades virtuais que promovem a produção de memórias por meio do envio de relatos de histórias de vida em diversas mídias. Com base num estudo exploratório de natureza documental, este trabalho apresenta um levantamento amplo e significativo de plataformas digitais provenientes de diversas ações e instituições universitárias, culturais e de meios de comunicação e associações da sociedade civil que lançaram repositórios digitais para coletar e compartilhar relatos sobre as experiências das pessoas durante a pandemia de covid-19. A análise e a comparação dos registros memoriais existentes em tais repositórios indicam a importância de relatos de histórias de vida integrados às narrativas visuais compostas por fotografias e vídeos para a construção de uma rede de memórias mais inclusiva da pandemia de covid-19, ou seja, uma rede pautada nas vivências de diversos públicos e/ou comunidades, constituindo-se como memória de interesse público e contribuindo para a construção de um patrimônio cultural desse contexto. Os resultados também indicam a importância das novas tecnologias como meios de comunicação e informação desses dados de interesse público, com destaque para as narrativas transmídia, presentes em algumas das plataformas analisadas, como formas narrativas contemporâneas que possibilitam a participação ativa e o engajamento de públicos diversos.
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