O financiamento das atividades culturais tem dois paradigmas clássicos: o financiamento público e o mercantil. O primeiro consiste na ação direta do estado ou no financiamento com recursos estatais de práticas culturais da sociedade civil; o segundo ancora-se na tradição liberal ou neoliberal, cuja mais recente expressão são as correntes dominantes da economia criativa. A partir de uma revisão teóri-ca e da análise de duas políticas brasileiras -o programa Cultura Viva e a Lei de Fomento ao Teatro da cidade de São Paulo -argumentamos que essas experiências constituem a gênese de um terceiro paradigma que identificamos e desenvolvemos. Esse paradigma não busca financiar produtos culturais, mas o processo de produção cultural e se orienta assim para a constituição de um direito social: o direito de produzir cultura.Inicialmente discutimos de maneira esquemática os argumentos e crí-ticas historicamente utilizados no debate pelo estabelecimento de polí-ticas de financiamento público da cultura, sobretudo na modalidade editais públicos. Em seguida apresentamos os argumentos e críticas relativos ao financiamento mercantil da cultura. Mostramos que, embo-
351* Agradecemos aos pareceristas da revista Dados pelas sugestões que permitiram o aprimoramento deste artigo. Agradecemos também a todos os que participaram das discussões públicas e da mobilização política pela inserção do Bolsa-Cultura nos programas de governo dos candidatos a prefeito de São Paulo em 2012. Finalmente, agradecemos ao professor Ricardo Musse pelo apoio e à atual administração da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo pela disposição em implementar o programa.
O objetivo desse trabalho consiste em analisar como os licenciandos atuantes em disciplina optativa, no segundo semestre de 2018, planejaram e executaram aulas com a utilização das tecnologias digitais. Foi realizado Estudo de Caso, no qual os planos de aula e as aulas desenvolvidas por dois grupos interdisciplinares foram triangulados, tendo por base o referencial teórico que compõe o estudo. Verificou-se que os licenciandos conseguiram executar a maior parte do que planejaram, havendo o predomínio do instrucionismo nos planejamentos e aulas. Pretende-se dar prosseguimento à pesquisa.
O objetivo deste trabalho é analisar como licenciandos planejam o uso das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) na docência. A pesquisa apresenta caráter qualitativo baseada em Estudo de Caso. São analisados os planos de aula desenvolvidos pelos licenciandos como atividade de Curso de Extensão. A princípio é possível inferir que alguns licenciandos buscam manter o uso dos recursos digitais centrados na ação do professor, uma vez que apresentam dificuldades em utilizá-los no contexto educacional.
O objetivo da pesquisa é analisar como os integrantes de grupos interdisciplinaresintegram TDIC (Tecnologia Digital da Informação e Comunicação) e Docência ao construir o conceito de Tecnodocência a partir da utilização de seus conhecimentos prévios. Considerando-se a fragmentação dos saberes e a subutilização das TDICs como problemas na formação de professores, a pesquisa, caracterizada como Estudo de Caso, apresenta por unidade de análise seis grupos interdisciplinares participantes da disciplina Tecnodocência ofertada em 2015.1. Subdividiu-se em duas etapas: investigação sobre os conhecimentos prévios dos grupos por meio da aplicação de um questionário online de sondagem; investigação sobre os conhecimentos a posteriori por meio da aplicação de um questionário online de autoavaliação. A análise utilizou a triangulação metodológica em três momentos: compreensão do conceito de Docência, do conceito de Tecnologia e do conceito de Tecnodocência. O conceito de Tecnodocência sofreu ressignificações importantes, principalmente com a transformação do conceito de Tecnologia. Houve a valorização do aprimoramento das técnicas da docência e de modificações metodológicas diante do contexto de uso das TDICs. Percebeu-se que a integração entre TDIC e Docência em contexto interdisciplinar se constituiu uma opção promissora para transformações na compreensão sobre Tecnodocência.
The goal of this paper is to analyze how the undergraduates, working in an elective course, semester 2018, planned and executed classes using digital technologies. A Case Study was carried out, in which the lesson plans and the classes developed by two interdisciplinary groups were triangulated, based on the theoretical reference that composes the study. It was found that the undergraduates were able to execute most of what they planned, with the predominance of instructionism in the planning and classes. It is intended to continue the research.
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