O objetivo deste estudo foi avaliar a freqüência da deficiência de ferro em doadoras de sangue do Hemocentro da Santa Casa de São Paulo segundo o tipo de doador, o número total de doações anteriores e a freqüência de doações realizadas nos últimos 12 meses. No período de 05 a 20 de outubro de 2004 foram estudadas 100 doadoras de sangue utilizando-se a determinação da ferritina sérica e dos índices eritrocitários. A freqüência de doadoras de sangue que apresentavam deficiência de ferro foi de 16,0 %. Para as doadoras de primeira vez, 10,5% delas já apresentavam deficiência de ferro à primeira doação de sangue e, para aquelas que não eram de primeira vez, essa freqüência foi de 17,7% (p<0,05). Observamos que quanto maior o número total de doações de sangue, maior a freqüência de doadores com deficiência de ferro. A freqüência encontrada foi estatisticamente significante somente para as doadoras com mais de quatro doações (p<0,05). Constatamos que quanto maior o número de doações realizadas nos últimos 12 meses, maior a freqüência de doadoras com deficiência de ferro. A freqüência observada foi estatisticamente significante para as doadoras com duas ou mais doações nos últimos 12 meses (p<0,05). Concluímos que a doação de sangue constitui-se numa causa importante de deficiência de ferro, particularmente nas doadoras de repetição. A elevada freqüência de doadoras de sangue com deficiência de ferro observada neste estudo sugere a necessidade de uma triagem laboratorial mais acurada, uma vez que a determinação isolada da hemoglobina ou do hematócrito não é suficiente para detectar e excluir as doadoras com deficiência de ferro sem anemia.
A contaminação de hemocomponentes por bactérias presentes na pele do doador de sangue pode levar à infecção pós-transfusional no receptor da transfusão. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficiência de quatro produtos antissépticos utilizados na antissepsia da pele do antebraço de doadores de sangue. Avaliamos 363 doadores que foram distribuídos em quatros grupos (A a D) de acordo com o produto utilizado. Grupo A: álcool e tintura de iodo; grupo B: álcool e clorexidine; grupo C: álcool e grupo D: álcool e polivilpirrolidona (PVPI). Foram realizadas culturas de swabs de pele antes e após a aplicação dos produtos e hemocultura do sangue coletado para avaliação da contaminação bacteriana. Observamos que os grupos A (82/94) e D (68/ 78), bem como a associação dos grupos B (69/91) e C (72/100) foram semelhantes quanto ao nível de redução bacteriana pré e pós-aplicação dos antissépticos. Houve maior redução no número de colônias bacterianas nos grupos A e D quando comparados ao B e C (p<0,001). Apenas uma amostra apresentou positividade na hemocultura. Concluímos que os produtos dos grupos A (álcool e tintura de iodo) e D (álcool e PVPI) apresentaram melhor eficiência na antissepsia de pele em doadores de sangue. Rev.
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