RESUMO Historicamente, os currículos das escolas médicas não procipiaram uma formação voltada à atuação no Sistema Único de Saúde (SUS) e na Atenção Básica e por isso têm sido apontados como um dos fatores que dificultam o trabalho do médico depois de formado. Várias transformações curriculares vêm ocorrendo, porém muitos profissionais não foram contemplados. Este estudo, parte integrante de uma dissertação de mestrado, realizou-se por meio de uma pesquisa de campo, descritiva, transversal, que teve como objetivo analisar a formação do profissional médico que respondeu ao Módulo II do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) no Estado do Paraná, ciclo I e/ou II. Os dados foram obtidos por meio de formulário semiestruturado disponibilizado online pelo programa Qualtrics. De 183 médicos que compunham o universo, 32 (17,48%) participaram da pesquisa. Entre os profissionais respondentes, 16 (50%) são egressos de universidades públicas, 11 (34%) de privadas; 17 (53%) se formaram antes de 2006; 15 (46,9%) consideraram insuficientes ou pouco suficientes os conhecimentos teóricos sobre o SUS e os conhecimentos teóricos e práticos sobre Atenção Primária à Saúde (APS) obtidos na graduação; 13 (59,1%) realizaram até um ano de prática na graduação; 14 (43,75%) relataram que saíram preparados da graduação, mas precisaram de atualização para trabalhar nesse nível de atenção; 12 (37%) possuem residência e, desses, 6 (50%) em Medicina de Família e Comunidade; 21 (66%) possuem alguma especialização, sendo 2 (9%) em Saúde da Família, 3 (14%) em saúde coletiva, e 7 (32%) em Medicina de Família e Comunidade; 23 médicos (71,8%) escolheram atuar na APS para realização pessoal/profissional. Concluiu-se que os médicos participantes da pesquisa de campo consideram sua formação incompleta sobre o SUS e sobre o processo de trabalho em APS, necessitando de formação complementar para sua atuação profissional. Tal fato evidencia que há necessidade de mudanças no processo formativo.
Evaluative research that examined aspects of work management and education of physicians who participated in the National Program for Access and Quality Improvement in Primary Care, cycles I and II, in Brazil. Secondary data obtained from public databases revealed that in cycles I and II medical representation among respondents of Module II was 5.77% and 5.66% respectively; the majority were in practice for less than two years (51% and 53%); had public administration as hiring agency (60.73% and 61.80%); were civil servants (37.26% and 35.41%); were hired through public service entrance exams (41.61% and 41.40%); and had no right for a career plan (67.47% and 70.23%). The conclusion is that medical education should also include political education to favor physicians' active participation in decision-making and work processes in Primary Health Care teams.KEYWORDS Primary Health Care. Health personnel. Health evaluation.RESUMO Pesquisa avaliativa que analisou aspectos da gestão do trabalho e da formação dos médicos que participaram do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica, ciclos I e II. Dados secundários, obtidos em bancos públicos, revelaram que nos ciclos I e II, respectivamente, a representação médica entre os respondentes do Módulo II foi de 5,77% e 5,66%; em sua maioria, atua há menos de dois anos (51% e 53%); possui administração direta como agente contratante (60,73% e 61,80%); é de servidores públicos estatutários (37,26% e 35,41%); ingressou por meio de concurso público (41,61% e 41,40%); e não possui plano de carreira (67,47% e 70,23%). Conclui-se que a formação médica deve contemplar, também, formação política para favorecer a participação mais ativa dos médicos nos processos decisórios e de trabalho das equipes de Atenção Primária à Saúde. PALAVRAS-CHAVE Atenção Primária à Saúde. Profissional de saúde. Avaliação em saúde.
Introdução: a meningite consiste em uma doença endêmica no Brasil que apresenta surtos e epidemias ocasionais. Objetivo: avaliar o perfil epidemiológico da meningite em um município da Região Sul do Brasil. Métodos: estudo descritivo que analisou a situação epidemiológica da meningite em um município da Região Sul do Brasil com foco na etiologia mais comum. O estudo utilizou dados secundários obtidos a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do município de Cascavel-PR no período de 2008 a 2018. Resultados: os casos de meningite acometeram, em sua maioria, a raça branca e o sexo masculino. Houve maior frequência de etiologia asséptica e presença de quadro clínico com cefaleia, febre e vômitos. A complementação diagnóstica foi realizada por meio de exame quimiocitológico de líquor. A maioria dos pacientes evoluíram para alta hospitalar. Conclusão: apesar da escassez de estudos sobre a temática para a construção de um comparativo, os resultados em relação aos aspectos epidemiológicos foram consistentes com a literatura. A meningite acomete, de maneira geral, pessoas do sexo masculino e apresenta etiologia asséptica majoritariamente. É necessário, portanto, o enfoque aos grupos populacionais mais comumente acometidos pela meningite.
Contextualização: A pandemia de 2009 foi causada pelo vírus influenza A(H1N1)pdm09, assim o Ministério da Saúde iniciou a notificação compulsória obrigatória de casos suspeitos e confirmados de Influenza, em 2013 foi iniciada a notificação dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Objetivo: avaliar o perfil do paciente acometido com SRAG. Materiais e métodos: avaliar notificações feitas ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do munícipio de Cascavel - Paraná, durante os anos de 2009 a 2017. As variáveis estudadas foram: idade; sexo; vacina; fatores de risco; antiviral; diagnóstico etiológico; evolução clínica. Resultados: 53% eram do sexo feminino. A média de idade foi 37,2 anos. 72% não receberam vacina. 88% apresentaram tosse. Pneumopatia foi a comorbidade mais frequente, em 6,09%. Fizeram uso de Oseltamivir 76%. 52,4% dos casos foram causados pelo vírus Influenza A. 4% foram a óbito por SRAG. Conclusões: o perfil do paciente acometido pela SRAG em Cascavel, durante os nove anos de estudo, seria: sexo feminino, de até 40 anos, não imunizado contra a gripe, tosse como principal sintoma e pneumopata crônico.
A atuação de profissionais de saúde junto ao domicílio de pacientes oncológicos é de suma importância. A equipe multidisciplinar presente na Estratégia Saúde da Família (ESF) possui a capacidade de proporcionar a criação de um vínculo muito importante, não só com o paciente portador de neoplasia como, também, com o seu núcleo familiar. A criação deste vínculo estabelece a corresponsabilidade com a comunidade e possibilita a integralidade na atenção ofertando alternativas que afetam positivamente o cenário do paciente e do seu ciclo social. Dessa forma, esse estudo tem como finalidade analisar a importância da ESF na prevenção, rastreamento e apoio nos cuidados paliativos em pacientes oncológicos, associando com os possíveis impactos positivos de uma boa relação entre paciente, família, ESF e equipe oncológica.
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