A perspectiva do usuário é imprescindível para o aprimoramento das políticas de saúde direcionadas à garantia dos princípios constitucionais da universalidade e integralidade. Este estudo descritivo-transversal teve como objetivo avaliar o acesso ao serviço de urgência e emergência em hospitais regionais de Pernambuco, com base no itinerário e nos obstáculos dos usuários até a assistência no referido setor. Selecionou-se uma amostra estratificada e aleatória, realizando-se 853 entrevistas semiestruturadas com usuários de sete hospitais distribuídos nas mesorregiões Zona da Mata, Agreste e Sertão. Dentre os entrevistados, 74,9% são residentes do município em que o hospital está localizado e 66,9% reconheceram-se cadastrados em Equipes de Saúde da Família. A maioria dos usuários recorreu ao hospital como primeira unidade assistencial (77,1%), destacando a confiança no atendimento do serviço como principal motivo para a seleção do setor de urgência e emergência. Em relação ao itinerário, os entrevistados predominantemente (99,5%) buscaram apenas um atendimento prévio, tendo-se submetido a consulta médica (75,4%). Entretanto, 42,8% foram referenciados e, destes, a maioria (78,9%) foi encaminhada ao hospital avaliado. Dentre aqueles que demandaram assistência prévia, a ausência de profissional (65,5%) foi a principal razão para o não atendimento, destacando-se a deficiência na resolutividade e a distância entre a residência e o hospital como importantes obstáculos ao itinerário. Os resultados revelam um cenário em que o hospital permanece como eixo central da assistência à saúde, indicando a necessidade de fortalecimento da rede de saúde integral, com vistas à redução das iniquidades sociais em âmbito locorregional.
Será apresentada neste artigo a proposta do Curso Básico de Avaliação em Saúde do Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira - IMIP - voltada ao ensino dos principais conceitos e abordagens nesse campo de atuação, com o uso de fundamentos e da tecnologia de Educação à Distância. Este curso é parte integrante da Política Nacional de Institucionalização da Avaliação em Saúde, com vistas à formação de profissionais situados em posições estratégicas nas três instâncias gestoras do Sistema Único de Saúde, nas diversas regiões brasileiras. Considerando o perfil esperado para o avaliador em saúde foram estabelecidas as competências para este profissional e uma proposta pedagógica centrada no aprendizado crítico, reflexivo, autônomo e com base no dialogo entre a teoria e a vivência prática do aluno. Para a elaboração deste curso foi conformada uma equipe multiprofissional (avaliadores, consultores pedagógicos, técnicos de informática e diagramação), sendo realizadas as seguintes etapas: elaboração do material didático, desenvolvimento da página na rede, capacitação de tutores e seleção dos alunos.
OBJETIVOS: avaliar o grau de implantação da ação de Incentivo ao Aleitamento Materno (IAM) em Olinda, 2003. MÉTODOS: estudo avaliativo-normativo, transversal realizado nas 40 Equipes de Saúde da Família (ESF) implantadas nos dois Distritos Sanitários (DS) de Olinda, entre julho e setembro de 2003. O instrumento utilizado contemplou questões relativas à ação de IAM e a julgou como implantada (90% a 100% de respostas positivas), parcialmente implantada aceitável (70% a menos de 90% de respostas positivas), parcialmente implantada não aceitável (50% a menos de 70% de respostas positivas) e não implantada (concordância inferior a 50%). RESULTADOS: a ação de IAM foi implantada em 22,5% das ESF e em 57,5% parcialmente implantada aceitável, havendo melhor desempenho do DS II. Dentre as atividades para a promoção da ação, destacam-se: o "incentivo precoce ao aleitamento materno exclusivo", a "orientação no pré-natal", a "orientação alimentar para o desmame" e o "envolvimento multiprofissional", como as mais desenvolvidas pelas equipes de ambos os DS. CONCLUSÕES: houve insuficiente adesão das ESF às atividades preconizadas pelo Ministério da Saúde, repercutindo no grau de implantação da ação de IAM, e possivelmente desfavorecendo um aumento da prevalência do aleitamento materno exclusivo e suas modalidades em Olinda.
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