Este artigo tem como objetivo analisar a biblioteca de uma instituição educacional como um possível espaço-tempo de desenvolvimento de aprendizagens e formação de competência informacional. Ele é oriundo de uma pesquisa, do tipo estudo de caso, realizada em um Programa de Pós-Graduação em Educação, cujo lócus analítico foi o Instituto Federal do Rio Grande do Sul – IFRS. A coleta de dados foi realizada através da aplicação de questionário e de entrevista. A análise dos dados seguiu a técnica de análise de conteúdo. Os resultados da pesquisa apontaram cinco categorias de análise: acesso à informação; avaliação da informação; uso da informação; autonomia dos estudantes; possibilidades de atuação da biblioteca no desenvolvimento da competência informacional. Ademais, constatamos que a biblioteca necessita se adaptar à nova realidade das tecnologias digitais, atuando como um espaço formativo por meio de ações que levem ao desenvolvimento de aprendizagens significativas, de novos conhecimentos e da formação da competência informacional.

resumoEste artigo tem como objetivo refletir acerca do papel formativo de uma biblioteca nos processos de aprendizagem e de desenvolvimento da autonomia. Ele é resultado de uma pesquisa em andamento em um programa de pósgraduação em Educação e centra-se na discussão dos conceitos de aprendizagem, autonomia e formação no contexto educacional atual, caracterizado pela expansão da internet e explosão informacional. Para tanto, por meio de revisão bibliográfica e exercício hermenêutico, revisitaremos os conceitos de autonomia, esclarecimento, formação e aprendizagem em autores como Kant (2005), Adorno (1995) e Gadamer (2000). A partir desses conceitos, refletiremos acerca do papel da biblioteca enquanto ambiente de aprendizagem, especialmente seu papel de auxiliar no desenvolvimento da autonomia do estudante e na aquisição da competência informacional. palavras-chave: Formação. Aprendizagem. Autonomia. Biblioteca. Competência informacional. Introdução Na sociedade atual, com o surgimento e a proliferação da internet e das redes sociais, há um maior fluxo de informação, que pode ser caracterizado como intenso e constante. Nesse contexto, passamos a ser expostos diariamente a uma imensa quantidade de informações, muitas vezes incompletas e até contraditórias. O avanço das novas tecnologias de informação e comunicação (TIC) tornaram possível o acesso à informação independentemente de barreiras geográficas ou cronológicas. Além disso, a facilidade de acesso à informação tornou-se um ponto crucial para o desenvolvimento do conhecimento, o que nos leva a ao menos duas considerações importantes: por um lado, não podemos ignorar que a informação, disponível em grande quantidade, é essencial para a aprendizagem e o desenvolvimento de novos conhecimentos; por outro, há de se considerar que nem toda a informação disponível é coerente e confiável, ou seja, essa informação não necessariamente contribuiria para o progresso do conhecimento válido. Além disso, essa nova realidade social, compreendida desde a perspectiva da educação e dos processos formativos humanos, faz-nos refletir sobre a questão proposta por Vilela (2007, p. 224): "[...] que tipo de homem estaria afinado com a nova sociedade?". Acreditamos que, para chegar a uma resposta, é necessário refletir como * Mestranda em Educação/Unilasalle -Canoas.

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