O texto analisa o processo constitutivo do Projeto Político Pedagógico (PPP) de uma Secretaria Municipal de Educação, situada no Estado do Rio Grande do Sul (Brasil), enfatizando as contribuições da pesquisa-ação colaborativa enquanto postura que alimenta o compromisso político, o pensamento crítico e as relações cooperativas para a constituição de comunidades de aprendizagem. Articula as reflexões oriundas de uma análise meta-analítica do próprio processo investigativo com a constituição do Projeto em tela, tendo como protagonistas os profissionais da educação que atuam na Secretaria de Educação. Os achados (decorrentes da análise do conteúdo de documentos, dos registros de observações dos encontros formativos no Diário de Campo e das entrevistas) sinalizam para as seguintes contribuições da pesquisa-ação colaborativa para o processo em foco: a) o empoderamento e o protagonismo dos sujeitos envolvidos na construção do PPP; b) a reflexão sobre a própria práxis; c) a (re)construção de conceitos e a revisão de concepções através da investigação-ação-formação; d) a possibilidade de uma incursão aprofundada no fenômeno investigado na medida em que se dá continuidade ao movimento espiralado típico da pesquisa-ação. Destacamos a questão temporal da pesquisa, pois quando almejamos transformações é necessário um processo longo e constante de reflexão-ação-crítica. Assim, os impactos decorrentes da pesquisa-ação não são imediatos, mas expectáveis com o decorrer do tempo. Tais impactos podem se constituir em fonte geradora de novas investigações.
ResumoEste artigo tem por objetivo apresentar resultados parciais de uma pesquisa de natureza qualitativa, em andamento, sobre a gênese da empatia e sobre o modo como ocorre o seu desenvolvimento na infância.A metodologia utilizada compõe-se de revisão bibliográfica e análise hermenêutica. Os dados da pesquisa permitiram compreender a empatia como a capacidade natural que um indivíduo tem de ser tocado pelo estado emocional alheio. Ademais, do estudo emergiram outros três aspectos referentes à empatia. O primeiro, oriundo de uma aproximação histórico-conceitual, permite entender a empatia como uma competência já conhecida, primariamente denominada 'simpatia', e relacionada à experiência estética do ser humano. O segundo relaciona a gênese da empatia a duas vertentes: uma vinculada aos estudos com crianças, que detectou a presença da empatia em bebês, e outra que compreende a empatia em um contexto evolucionista, como uma característica compartilhada com outros animais mamíferos. O terceiro aspecto aponta a possibilidade de formar a empatia e outros elementos da moralidade humana desde o nascimento. Dado que a empatia consiste em uma competência fundamental à convivência humana, presente desde o nascimento, é preciso e possível promovê-la pela via da formação familiar e escolar.Palavras-chave: Empatia; Infância; Desenvolvimento humano; Formação.
AbstRActThis article aims to present partial results of a qualitative and ongoing research on the genesis of empathy and how it develops in childhood. The methodology used is the bibliographical review and the hermeneutical analysis. Research data allowed us to understand empathy as the natural ability of an individual to be touched
Este artigo aborda a temática da colonialidade na Educação Básica e tem como objetivo discutir a maneira como a escola brasileira tem participado na reprodução de uma única perspectiva histórica, a eurocêntrica. Para isso, estabelece um diálogo hermenêutico a partir de conceitos e reflexões de autores decoloniais, os quais defendem a produção de um pensamento desde o sul. Sugere-se a pedagogia decolonial como um dos caminhos para se chegar a outros conhecimentos, narrativas e cosmovisões. Tal dinâmica implica um diálogo crítico sobre os conhecimentos, modos de pensar do mundo ocidental e uma abertura aos povos originários e afrodiaspóricos em terras americanas. Por fim, defende-se a proposta de uma educação intercultural, que tenha como base a pluralidade e aancestralidade de seus povos.
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