Resumo Este artigo resulta de uma pesquisa realizada no agreste pernambucano que se inscreve no debate nacional sobre currículos de formação de professores, elegendo como problemática as possibilidades de um processo formativo contribuir com o desenvolvimento do poder de agência dos professores. Como aporte teórico, baseia-se na compreensão de que a agência não é algo que se tem, mas que se alcança, e de que os programas de formação de professores precisam conceber um processo de ensino e aprendizagem que permita aos estudantes, futuros docentes, se desenvolverem para além de executores de determinações externas a eles. Do ponto de vista metodológico, é adotada a teoria do discurso a partir de um registro analítico que nega todo e qualquer fundamento apresentado como último. Nesta orientação, são analisados projetos curriculares de quatro cursos de licenciaturas provenientes de uma universidade federal, localizada no agreste pernambucano, inserindo-os em sua condição histórica e contingencial. A análise dos dados recolhidos aponta o reconhecimento do currículo como espaço de integração não-linear entre o lócus de formação e o de atuação profissional, integração fabricada em projetos de formação que buscam romper com formas tradicionais e que encorajam o recurso a práticas reflexivas e de decisão curricular.
RESUMO Este artigo tem por objetivo evidenciar as possibilidades e as impossibilidades de processos de negociação das políticas/dos programas contribuírem para o desenvolvimento profissional de professores(as) orientado para a decisão curricular. Recorrendo à defesa da autonomia do exercício da atuação docente, considera-se que o desenvolvimento profissional perpassa a ideia dos(as) professores(as) se constituírem como decisores curriculares, entendida como capacidade de ação que se desenvolve a partir da articulação entre os esforços individuais do sujeito, os recursos disponíveis e os fatores contextuais. A orientação teórico-metodológica seguida tem por base a relação instável e indecidível entre particularidade e universalidade. A recolha de dados de políticas/práticas curriculares teve por lócus o município de Caruaru, Pernambuco, com o material disponível na Plataforma Instituto Qualidade no Ensino (IQE) Caruaru e o site oficial do IQE. A análise desses materiais evidencia disputas em torno da significação das políticas/práticas curriculares no município construídas a partir dos discursos das reformas educacionais globais e das políticas nacionais que vêm propondo, por meio da padronização curricular, a tentativa de fechamento da produção de respostas curriculares contextuais. No entanto, mesmo diante dessas limitações, acredita-se que existe a possibilidade de os(as) professores(as) agirem nas brechas da estrutura para disputar, com as políticas, outros sentidos de atuação docente que estimulem o desenvolvimento profissional baseado na autonomia e na consideração dos saberes docentes.
Partindo de uma compreensão de currículo enquanto projeto formativo produzido pelas políticas e pelos agentes educativos que o configuram e praticam nos quotidianos escolares, reconhece-se que o currículo, enquanto território de disputas (Arroyo, 2013), "é instrumento essencial para a compreensão das políticas curriculares que dão as diretrizes Revista Portuguesa de Educação, 31(2), pp. 215-231.
Este trabalho parte do entendimento de que a profissionalidade e o profissionalismo dos professores não se desenvolvem de forma homogênea, mas estão condicionados a diversos elementos que fazem parte de seus contextos pessoais, formativos e profissionais. Nesse sentido, objetivamos analisar os contextos que influenciam no desenvolvimento da profissionalidade e do profissionalismo dos professores. Nossas análises foram subsidiadas pela perspectiva teóricometodológica da análise do discurso (ORLANDI 2005; 2012) e do Ciclo de Políticas (BALL, 2011), e tiveram por foco relacionar elementos apontados pela literatura como sendo fundantes para o delineamento da profissionalidade e do profissionalismo dos sujeitos a partir de suas pessoalidades.
ResumoAs discussões acerca da avaliação da aprendizagem se configuram como tema clássico, foco de estudo em muitas pesquisas realizadas no contexto educacional das últimas décadas. Nessa direção, emergem nessas produções diversos sentidos de avaliação, e, comumente, de práticas avaliativas. Assim, no intuito de contribuir para o aprofundamento da temática em questão, objetivamos neste artigo analisar os sentidos de avaliação permeados nas práticas avaliativas de professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino de Caruaru-PE. No que se refere ao percurso teórico-metodológico, realizamos entrevista semiestruturada com as professoras, analisadas à luz da Análise do Discurso, que nos possibilitou compreender a polissemia discursiva inscrita na multiplicidade de sentidos acerca da avaliação da aprendizagem. Na análise dos discursos das professoras, identificamos que suas práticas avaliativas dialogavam com diferentes sentidos de avaliação: ora aproximam-se de uma concepção de avaliação formativa, ora distanciam-se dessa perspectiva, apontando para um movimento de práticas avaliativas híbridas. Palavras-chave: Avaliação da aprendizagem, Prática avaliativa, Sentidos de avaliação. AbstractDiscussions about learning evaluation has configured a classic topic and focus of study in a lot of research made in the educational context in recent decades. In this direction, several meanings of evaluation, and, commonly, evaluative practices emerge from these productions. Therefore, in order to contribute to the study of this theme, we aim to analyze the meanings of evaluation pervaded in teachers' evaluative practice in the first grades of Elementary School at Public Schools in Caruaru, Pernambuco, Brazil. Regarding the theoretical-methodological course, we conducted semi-structured interviews with the teachers, which were analyzed in the light of Discourse Analysis, as this approach allows us to comprehend the discursive polysemy inscribed in the multiplicity of meanings about learning
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