Resumo Analisamos a obra Macunaíma em quadrinhos (2016), de autoria de Angelo Abu e Dan X, concentrando-nos na análise acerca da (re) apresentação do modernismo no interior da história em quadrinhos (HQ). Consideramos os signos indiciais do projeto modernista, como apresentado na prosa de Mário de Andrade, presentes na HQ. Por isso, optamos, como referencial teórico-metodológico, por realizar uma leitura Intersemiótica da obra, que coloca em jogo os dois principais signos nela existentes: verbal e visual. Com base na Teoria Intersemiótica, interpretamos a HQ como uma tradução entre signos, capaz de trazer para o campo da visualidade argumentos modernistas diversos, para além do que encontramos na prosa andradiana. Defendemos que Macunaíma em quadrinhos é uma rapsódia gráfico-visual antropofágica, perfilhada por índices como cores e traços estilísticos, que colocam em evidência o modernismo do século XX, assim como o verbal e o visual em interação na HQ.
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