O estudo se baseou na avaliação do reator UASB, da ETE da Universidade Federal de Sergipe, qualitativa e quantitativamente, condições operacionais e eficiência. O monitoramento ocorreu em 10 campanhas, com base em DQO, sólidos (totais, suspensos e sedimentáveis), nitrogênio, fósforo, pH e temperatura. Como resultados observou-se que o pH e a temperatura variaram de acordo com o indicado para digestão anaeróbia. Com relação à remoção de matéria orgânica expressa em DQO e sólidos observaram-se valores abaixo do esperado, em torno de 25,4% e 10%, respectivamente, atrelados tanto à descontinuidade na alimentação do reator como ao processo ineficiente de inoculação de lodo ativo no início da operação do sistema. A eficiência observada de remoção de nutrientes foi baixa e o tempo de detenção de 60 h. Com isso, conclui-se que a operação não ocorre de forma adequada. Palavras-chave: Saneamento. Digestão anaeróbia. Águas residuais.

A forma de uso e ocupação do solo na sub-bacia hidrográfica do rio Poxim, em Sergipe, afeta a condição da qualidade de suas águas devido ao intenso processo de urbanização da região. Fatores como, crescimento populacional desordenado, habitações construídas às margens dos leitos, desmatamento e a falta de serviços de esgotamento sanitário adequado têm levado a degradação acentuada desse manancial. A análise de risco ecológico é um método de cálculo que avalia as alterações ecológicas provocadas pelas diversas atividades antropogênicas a um determinado sistema por meio da integração de variáveis representadas dentro de linhas de evidências química, ecológica e ecotoxicológica, permitindo desse modo valorar o risco para um ecossistema. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o grau de degradação, identificar possíveis fatores de contaminação hídrica e analisar o risco ecológico existente em um tributário do Rio Poxim em São Cristóvão, Sergipe. Foram definidos para a aplicação da metodologia três pontos amostrais deste afluente além da utilização de valores da Resolução CONAMA n° 357/2005 para a referência normativa. Os resultados obtidos mostraram que as alterações identificadas se relacionam com os usos antrópicos que ocorrem ao longo do riacho. Foram valoradas a linha de evidência química, que variou entre baixo e médio risco, e as linhas ecotoxicológica e ecológica, ambas estimadas como de altíssimo risco. Com a integração das três linhas, o valor do risco ecológico se manteve dentro da faixa de maior risco da classificação, significando que a sub-bacia hidrográfica necessita de medidas emergenciais de recuperação.